IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Justiça bloqueia bens de prefeito de Castelândia

Marcos Antônio Carlos (MDB) é investigado pelo MP-GO por contratação irregular de funcionário durante as eleições de 2020

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

 justiça determinou o bloqueio de bens do prefeito de Castelândia, Marcos Antônio Carlos (MDB), e de mais três pessoas em R$ 65 mil. O prefeito é alvo de uma investigado do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que apura crime de improbidade administrativa durante o período eleitoral de 2020.

Além de Marcos, o ex-vereador Josuelio Cunha da Silva, a secretária municipal de Educação, Maria Antônia da Luz Rosa, e Erian da Silva Nascimento também são investigados e tiveram seus bens bloqueados.

De acordo com o MP-GO, Erian foi contratado pela prefeitura para exercer a função de motorista de ônibus escolar. Entretanto, não havia nenhum registro de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em nome dele. Durante uma prestação de esclarecimentos ao MP-GO, ele confessou que o prefeito, a secretária e o ex-vereador sabiam que ele não possuía o documento, mas o contrataram mesmo assim, em troca de apoio político.

Além disso, o órgão constatou ainda que os ônibus escolares do município estavam parados em virtude da pandemia do coronavírus, e que não havia demanda para a função.

O órgão ouviu o ex-vereador, suspeito de intermediar a contratação, mas ele negou participação, afirmando apenas que indicou Eiran ao cargo e pediu para conversar com a secretária de educação.

Ela, por sua vez, admitiu que não conferiu a documentação do motorista e que sabia que ele era mantido em desvio de função. Maria Antônia afirmou também que Eiran foi demitido assim que ela soube que ele não tinha habilitação para dirigir.

O prefeito não compareceu ao MP-GO, alegando participação em evento externo.

O promotor responsável pelo caso, Lucas Otaviano da Silva, requereu a condenação por improbidade administrativa para os envolvidos. Além disso, pediu o ressarcimento ao cofres públicos e uma indenização por danos morais coletivos.

O Mais Goiás tentou contato com a prefeitura de Castelândia, mas as ligações não foram atendidas. O espaço está aberto para manifestação