Caso de família

Justiça concede medida protetiva a filha do presidente do Pros, Eurípedes Júnior

Ela registrou boletim de ocorrência contra o pai, no qual afirma ter sido alvo agressão, com tapas e pontapés, na sede do partido, em Planaltina

O presidente do Pros, Eurípedes Júnior, se recusou a prestar depoimento acerca da agressão cometida contra a filha em Planaltina.(Foto: reprodução/Facebook)

O presidente do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), Eurípedes Júnior, está proibido de se aproximar da filha. A decisão foi expedida pela juíza Gisele Nepomuceno, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, de Planaltina, no Entorno do Distrito Federal (DF). A jovem, de 19 anos, alega ter sido agredida a tapas e pontapés por conta de um carro que não queria vender ao pai. Caso foi registrado na Polícia Civil (PC) na última quarta-feira (8) e é investigado.

Eurípedes deverá ficar, no mínimo, a 200 metros da jovem. Qualquer tipo de contato com a mulher também fica proibido. O Mais Goiás tentou contato com a defesa de Eurípedes e até o fechamento da matéria não recebeu retorno.

A filha de Eurípedes procurou a Polícia na última quarta-feira (8) para relatar agressões supostamente cometidas pelo pai. Ela conta que foi chamada para comparecer até o escritório do político, até então na sede do Pros. No local, segundo a mulher, o homem teria dito que precisava do carro da filha e que pagaria R$ 15 mil pelo veículo. A proposta, no entanto, foi negada e a vítima decidiu ir embora para evitar brigas, consta no documento.

A jovem relata ainda que o pai foi atrás dela, tomou a chave do carro e desferiu tapas e pontapés. Para tentar cessar as agressões, a vítima afirma que tentou entrar no veículo. Contudo, segundo o relato, o político a puxou do carro e a jogou no chão. Em seguida, ainda de acordo com a ocorrência, o homem saiu com o automóvel e jogou o celular e o carregador da filha pela janela.

Em nota divulgada um dia após o fato, a defesa do político informou que a situação era um incidente familiar e que não houve situação de flagrante. No texto, os advogados afirmam que, desde que o político se separou da mãe da jovem, a relação entre pai e filha ficou abalada.

Ainda assim, de acordo com o documento, Eurípedes financiou um carro para a jovem, que se comprometeu a pagar as prestações que faltavam. “No entanto, em razão de a filha não ter pagado nenhuma das prestações, o pai a chamou para conversar e decidiu retomar o carro”, disse. O texto diz ainda que, quando a jovem teve o veículo tomado, procurou a delegacia para registrar a ocorrência.

Na ocasião, a defesa de Eurípedes afirmou ser “lamentável que um pai, ao buscar corrigir a filha, tenha um conflito familiar exposto na imprensa”.