Justiça condena 17 policiais envolvidos na máfia da jogatina em Goiás
A justiça condenou mais 17 policiais militares, civis e federais envolvidos com a máfia dos…
A justiça condenou mais 17 policiais militares, civis e federais envolvidos com a máfia dos jogos ilegais em Goiás. Eles estavam envolvidos no esquema desarticulado pela Operação Monte Carlo e chefiado por Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
A decisão foi tomada pela 11ª Vara da Justiça Federal de Goiás. Os policiais foram condenados pelos crimes de quadrilha, violação do sigilo funcional, corrupção e peculato. As penas variam entre 1 ano e 1 mês de reclusão, com substituição por penas alternativas; a 18 anos e 11 meses de reclusão em regime fechado.
Os condenados foram: o ex-delegado da Polícia Federal (PF) Deuselino Valadares dos Santos; os ex-delegados da Polícia Civil de Goiás Hylo Marques, Juracy Pereira, Marcelo Zegaib Mauad e Niteu Chaves Júnior; o ex-policial federal Anderson Aguiar Drumond; o ex-policial rodoviário federal Alex Sandro Klein Fonseca; os policiais militares Deovandir Frazão de Morais (então comandante da Polícia Militar em Águas Lindas de Goiás), Francisco Miguel de Sousa, Adão Alves Pereira, Antônio Carlos da Silva, Geraldo Antônio de Sousa Lopes, Jairo Martins de Souza, Milton Ferreira Biliu e Vanildo Coelho; o policial civil no Distrito Federal José Ângelo Ferreira Neto; e o servidor do município de Águas Lindas de Goiás Anselmo Barbosa Câmara.
Além das penas, foi decretada a perda do cargo de todos os condenados.
Entenda o caso
A máfia dos jogos ilegais no estado atuava em Goiânia e no entorno de Brasília. A quadrilha explorava direitos dos pontos onde as máquinas caça-níqueis eram clandestinamente instaladas. Ao todo, 80 pessoas foram acusadas de participar do esquema, que funcionava a mais de 16 anos.
Os policiais tinham vários papéis dentro da organização. Eles recebiam propinas mensais e por tarefa para, entre outras coisas, vazar informações sigilosas e fazer a segurança de casas de jogos. Além disso eles transportavam valores, cobravam dívidas e eliminavam concorrentes.
O Ministério Público Federal – MPF afirmou que vai recorrer da sentença com o objetivo de aumentar algumas das penas aplicadas.