JUSTIÇA

Justiça condena estuprador em série a 150 anos de prisão por crimes em Aparecida

Ministério Público conseguiu condenação em 11 ações penais. Ele é investigado também em outros municípios

Welinton Ribeiro da Silva acusado de estupro em série em Aparecida e outros municípios (Foto: PC/ Divulgação)

A Justiça goiana condenou um homem acusado em 11 ações penais por estupros em série cometidos em Aparecida de Goiânia, cujas penas somam mais de 150 anos de condenação. As denúncias, oferecidas pela promotora de Justiça Valéria Cristina de Paula Magalhães, apontam que Welinton Ribeiro da Silva praticou crimes de estupro nos setores Parque Itamarati, Goiânia Park Sul, Pontal Sul, Pontal Sul I, Jardim dos Girassóis, Vila Delfiori, Bairro Cardoso II e Bairro Independência, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2019.

Além dessas, tramitam na 3ª Vara Criminal da comarca outras oito ações penais contra o réu por crimes da mesma natureza. Existem ainda investigações contra Welinton da Silva nos municípios de Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Guapó, Abadia de Goiás e Hidrolândia. Os casos correm em sigilo, em razão da privacidade das vítimas e testemunhas, não sendo permitida a divulgação de seus nomes. Ele também teria roubado celulares e dinheiro das vítimas.

Os crimes atribuídos a Wellington tem como características comuns, o uso constante do capacete na prática do crime, o horário e local de pouca luminosidade, além das abordagens com um revólver. Detalhes que o próprio preso confessou em vídeo.

Welinton encontrado e detido em 2019, depois que a PC rastreou o celular de uma das vítimas, que havia sido vendido para uma loja. Ao ser abordado, o então suspeito apresentou documentos falsos e estava com uma moto furtada. Os policiais descobriram também que haviam dois mandados de prisão contra ele em aberto, ambos em Rondonópolis/MT por estupro.

Estupros em série

De acordo com a promotora de Justiça Valéria Cristina, em 2016, foi remetido ao Ministério Público o inquérito policial relativo a um dos estupros, ocorrido em 2010, com pedido final de arquivamento, por ausência de provas de autoria e sob o argumento de que não havia mais diligências a serem produzidas. Porém, antes de concordar com o arquivamento, o órgão requisitou que fosse realizado o exame de DNA das secreções colhidas da vítima e inserido no Banco de Perfis Genéticos, para comparação com os perfis nele arquivados.

Embora não tenha havido coincidência naquela época, a diligência possibilitou que, anos depois, com a inserção dos perfis genéticos colhidos de novas vítimas, se verificasse as coincidências entre eles, concluindo-se que se tratavam de estupros praticados pelo mesmo indivíduo. Ou seja, um estuprador em série.  De acordo com a Polícia Civil, há indícios de que ele tenha estuprado mais de 50 mulheres desde 2008. Pelo menos 30 exames geraram coincidências genéticas de vítimas estupradas com o perfil genético do acusado

Assim, foi instalada, pela 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil, a Força-Tarefa 213, que conseguiu prender Welinton Ribeiro da Silva depois de localizar o aparelho de celular de outra vítima, que havia sido vendido para uma loja de celulares. Ao ser abordado pelos policiais, o acusado apresentou documentos falsos e estava em posse de uma motocicleta furtada. Depois de ser identificado, foi descoberto que, contra ele, havia dois mandados de prisão em aberto, na comarca de Rondonópolis (MT).

De acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), Welinton é considerado um dos maiores estupradores em série do Brasil.