Justiça condena homem que matou a esposa queimada por ciúmes em Rio Verde
A Justiça de Goiás condenou, na terça-feira (22), um homem que matou a esposa queimada…
A Justiça de Goiás condenou, na terça-feira (22), um homem que matou a esposa queimada em Rio Verde, na região Sudoeste. Conforme consta no processo, Altieres Bruno Silva jogou gasolina e ateou fogo na então companheira Ângela Silva Justino, por conta de ciúmes. O crime ocorreu em 2020 e a pena foi fixada em 17 anos de prisão.
À época do feminicídio, o réu confessou o delito e disse que o fez por sentir ciúmes ao achar que estava sendo traído. De acordo com as investigações, a vítima foi amarrada e sofreu diversas agressões até ter o corpo queimado. No dia do fato, Altieres também teria feito uso de drogas, segundo os autos.
Depois das agressões, Ângela correu e pediu socorro aos vizinhos. Ela foi levada para um hospital de Rio Verde e transferida para uma unidade de saúde de Goiânia. A vítima, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu.
Altieres fugiu após o crime, mas foi localizado e preso ao tentar pegar uma carona em um rodovia na cidade localizada no Sudoeste goiano.
Homem que matou a esposa queimada por ciúmes em Rio Verde foi condenado a 17 anos de prisão
Inicialmente, o homem foi acusado por crime por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, com emprego de fogo e por razões da condição do sexo feminino, “prevalecendo-se das relações domésticas, em estado de embriaguez preordenada, submetendo-a a cárcere privado”.
No Júri, que durou cerca de 6h e foi presidido pela juíza Ana Amélia Inácio Pinheiro, houve corte de duas qualificadoras e do crime de cárcere privado.
“Quanto a sua culpabilidade, anoto, desde logo, que merece censura rigorosa sua conduta, uma vez que permeada de um plus de reprovabilidade, pois o acusado assassinou sua própria companheira por razões da condição de sexo feminino, consistente violência doméstica e familiar, ante a sua evidente masculinidade agressiva, conforme se extrai do caderno probatório”, escreveu a magistrada na sentença.
Altieres foi condenado a 17 anos, inicialmente em regime fechado. O homem, preso à época do crime, segue detido.