Justiça condena mulher apontada como mandante da morte do marido, em São Simão (GO)
A Justiça condenou, na semana passada, Mônica Fernandes da Silva e de Rafael Nunes Pinheiro…
A Justiça condenou, na semana passada, Mônica Fernandes da Silva e de Rafael Nunes Pinheiro pela morte de Edailton Luís da Silva, que era marido de Mônica.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Mônica e Edailton se relacionaram por aproximadamente um ano e oito meses, e tiveram dois filhos em comum. Criavam ainda uma adolescente, filha da mulher de outro casamento.
Apurou-se que Edailton tinha um seguro de vida de R$ 26 mil e que, pouco antes de morrer, possuía mais R$ 13 mil de um acerto trabalhista.
O promotor Fabrício Lamas, que ofereceu a denúncia na época, relata que, nesse contexto, Mônica confidenciou à filha que pretendia matar o marido. A adolescente teria manifestado apoio ao desejo da mãe.
Para ajudar Mônica, a adolescente teria procurado Rafael e perguntado se ele teria coragem de fazer o serviço. Rafael, então, teria procurado um outro adolescente, fazendo-lhe a mesma proposta. O rapaz aceitou a tarefa por R$ 5 mil. Após “negociações” entre Rafael, Mônica e o adolescente, ficou acertado o preço de R$ 4 mil.
Os três, juntamente com a filha da ré, acertaram os detalhes do crime, que deveria ocorrer enquanto Edailton dormia.
Em 22 de novembro de 2017, por volta da meia-noite e meia, a menina mandou mensagem para Rafael avisando que o padrasto já havia dormido e que deixaria o portão aberto.
Rafael e o adolescente entraram, encontrando-se com mãe e filha. Os dois primeiros foram até o quarto da vítima, que dormia sob efeito de remédios e, armados com facas, deram 15 golpes em Edailton.
Depois disso, o adolescente levou com ele o celular da vítima, e os dois avisaram Mônica e a filha que o homem estava morto. Minutos depois, a ré ligou para polícia dizendo que dois homens encapuzados invadiram a sua casa, renderam a todos e mataram o seu marido. Mônica chegou a receber o seguro de vida, concluindo o pagamento prometido.
Mônica foi condenada a 22 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de homicídio. O júri também reconheceu que os acusados corromperam dois adolescentes para a prática de crime hediondo. A pena de Rafael por esses crimes foi fixada em 27 anos e 4 meses.