CASOU PARA SER VIÚVA

Justiça condena mulher que se casou com idoso, matou-o e ficou com carro

Irmão da vítima o encontrou vomitando sangue e com um ferimento na cabeça, conforme o TJ-GO

Leonídio Borges Leal (Foto: Divulgação)

O juiz Wander Soares Fonseca condenou Jucélia Alves dos Santos, acusada de matar o marido, Leonídio Borges Leal, a 12 anos e oito meses de reclusão. O crime acontece em 2015, mas a sessão do Tribunal do Júri aconteceu somente na última sexta-feira (23), em Aragarças.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), Leonídio tinha 69 anos e foi vítima de envenenamento, mas a causa da morte foi um grave ferimento cranioencefálico em outubro de 2015. Consta da denúncia que a ré se casou com o idoso em agosto do mesmo ano, já com a finalidade de tomar posse do patrimônio do marido.

Na peça acusatória, o Ministério Público (MP-GO) narrou que o casal se conheceu numa igreja. A mulher fingia ser médica veterinária e alegou passar por dificuldades financeiras quando foi morar na casa da vítima, fazendo trabalhos domésticos. Meses depois, eles se casaram e, logo no dia do casamento, o homem aparentou mal-estar, supostamente causado por medicamentos inadequados dados pela acusada.

Depois de oficializada a união, amigos e familiares de Leonídio não conseguiram mais entrar em contato com ele, pois a mulher procurava isolar o marido. Um mês depois do casamento, em setembro, a vítima deu entrada no hospital de Barra do Garças, em estado grave, quando supostamente a mulher já teria informado que seria em breve viúva e teria direito ao carro do idoso.

O homem chegou a ter alta médica e voltou à casa, para receber cuidados. Porém, o irmão da vítima desconfiou da situação e se dirigiu ao local, momento em que encontrou o idoso vomitando sangue e com um ferimento na cabeça.

A vítima foi socorrida, chegou a passar por cirurgia e tratamento contra o envenenamento, mas não resistiu e morreu no dia 20 de outubro de 2015. Por fim, após cinco anos do crime, Jucélia Alves dos Santos foi condenada a 12 anos e oito meses de reclusão.

O Mais Goiás não teve acesso à defesa da condenada até o momento da reportagem, porém o espaço está aberto.

*Com informações do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO)

*Laylla Alves é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira