Justiça condena oito pessoas por furto e roubo de gado em Goiás
A Justiça de Goiás condenou, nesta quinta-feira (20), oito pessoas por furto e roubo de…
A Justiça de Goiás condenou, nesta quinta-feira (20), oito pessoas por furto e roubo de gado em Goiás. As investigações duraram quatro meses e começaram após o furto de 50 cabeças de gado em Uruaçu. Ao todo, o grupo criminoso está envolvido em pelo menos seis ocorrências de furto e roubo de gado em diferentes cidades de Goiás. O prejuízo ocasionado às vítimas somente nestes seis crimes solucionados chega a quase R$ 1 milhão.
A juíza Placidina Pires condenou os oito acusados a penas que variam de 20 a 50 anos de prisão. Segundo a decisão, os criminosos deverão arcar minimamente com os prejuízos causados a cinco vítimas, no importe total de mais de R$ 530 mil. Além disso, eles também foram condenados a pagar meio milhão de reais a título de dano moral coletivo.
Furto e roubo de gado em Goiás: entenda o grande esquema por trás
Os acusados foram investigados pela Polícia Civil na chamada Operação Setentrional Goiano, em outubro de 2019. Ao longo dos meses, os investigadores concluíram que os envolvidos faziam parte da mais bem estruturada organização criminosa neste ramo criminoso.
Depois do primeiro crime em Uruaçu os furtos e roubos continuaram nos municípios de São Luiz do Norte, Hidrolina, Itaguaru e Porangatu. Ao todo, foram aproximadamente 500 cabeças de gado subtraídas.
Ficou comprovado durante a apuração dos fatos que os oito membros do grupo criminoso contavam com integrantes com experiência em tocar e embarcar o gado. Eles também possuíam veículos e caminhoneiros para realizar o transporte dos animais, bem como propriedades rurais para esconder os bovinos.
O esquema era de tamanha proporção que havia, inclusive, um vereador para acobertar as transações por meio da emissão de GTA’s e de uma gerente de banco para realizar o controle financeiro da organização criminosa.
Maus-tratos aos animais e violência contra fazendeiros
A polícia afirma que muitos animais sofriam maus-tratos ao serem transportados em caminhões lotados. Alguns morriam pisoteados, além de terem uma nova marcação com ferro quente feita pelos investigados para dissimular a origem do gado.
Enquanto isso, as vítimas eram amarradas e ameaçadas com arma de fogo e facão e mantidas em cativeiro durante os roubos.
Balanço de 2021
A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR) encerrou 2021 com 11 operações policiais realizadas, 42 prisões cumpridas, com a apreensão de mais de 430 semoventes avaliados em R$ 1 milhão 724 mil. Também foram apreendidas 8 máquinas agrícolas, que valem quase R$ 4 milhões. Foram 28 inquéritos policiais concluídos e remetidos ao Judiciário.