Goiânia terá que indenizar pais de menino que morreu com queda de poste em 2018
Os pais de um menino de oito anos que morreu com a queda de um…
Os pais de um menino de oito anos que morreu com a queda de um poste de concreto em cima de sua barriga enquanto jogava bola em um campo de futebol no setor Gentil Meirelles devem ser indenizados pela prefeitura de Goiânia em R$ 200 mil, dividido igualmente para cada um deles. A decisão é da juíza Patrícia Machado Carrijo, da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Registros Públicos da comarca da capital.
O município deverá pagar ainda danos materiais no valor de R$ 1.725,32 e pensão, equivalente a 2/3 do salário-mínimo desde os 14 anos até os 25 anos de idade. Depois disso, o valor será reduzido para 1/3 do salário até a data em que a vítima completaria 65 anos – ou até morte dos pais, o que ocorrer primeiro.
Para a juíza Patrícia Machado Carrijo, “ao analisar os fatos trazidos aos autos, nota-se a ausência de manutenção pela Administração Pública no referido campo de futebol, que levou ao incidente em que o filho dos autores veio a óbito”. Segundo ela, as provas apresentadas, principalmente as fotos, documentos e depoimentos das testemunhas, evidenciam o dever de indenizar.
Ao Mais Goiás a Procuradoria-Geral do Município disse que foi notificada da decisão e já se manifestou nos autos do processo.
Queda do poste que matou menino
O acidente aconteceu por volta das 12h50 do dia 16 de agosto de 2018, quando o caçula do casal, de apenas oito anos, brincava com seus outros três irmãos num campo de futebol próximo à sua casa, no Setor Gentil Meireles, em Goiânia.
Quando a bola de futebol embaraçou na rede de proteção do campo, momento em que o menino foi retirá-la e o poste de concreto que deveria estar fixo e dar sustentação para a rede caiu, atingindo-o na região do abdômen.
Os primeiros procedimentos de socorro foram realizados no local pelo Corpo de Bombeiros, e a vítima levada em seguida para o Hospital de Urgência Governador Otávio Lage (Hugol). Porém, conforme consta do Boletim de Ocorrência, a criança veio a óbito, chegando na unidade hospitalar sem vida.
Pais do menino sem dinheiro para sepultamento
Os pais alegaram que a morte do filho abalou todos da família e que além disso, não tinham dinheiro para arcar com os custos da funerária e sepultamento, sendo necessário o auxílio financeiro de amigos, vizinhos e familiares, o que foi confirmado em audiência por uma amiga, que contou que quando ficou sabendo da tragédia começou a pedir ajuda aos vizinhos.
Segundo a testemunha, o acidente foi em um campo de terra de área pública, que era para ser uma praça, mas acabou sendo abandonada. E que o poste que caiu não era de energia, mas sim para sustentar o alambrado.