Motorista que pediu sexo oral a passageira em Goiânia gera condenação à Uber
Motorista teve a conta desativada da plataforma
A Justiça de Goiás condenou a empresa Uber Tecnologia do Brasil Ltda a pagar R$ 7 mil a títulos de danos morais a uma passageira após um motorista cobrar a mais pelo valor da corrida e por ele ter encaminhado uma mensagem pedindo sexo oral para a mulher. O caso aconteceu em Goiânia, no dia 17 de novembro de 2019. Segundo a Uber, a conta do motorista foi desativada da plataforma.
De acordo com o que foi relatado pela passageira do transporte por aplicativo à Justiça, o homem lhe mandou uma mensagem perguntando se ela teria interesse em chupar seu o orgão genital antes da corrida acontecer. Depois, ele teria lhe cobrado o valor a mais do que o aplicativo havia calculado.
O juiz Leonys Lopes Campos da Silva relatou na sentença que a empresa tem a obrigação de responder pela ação do motorista. Relatou ainda que a Uber não apresentou provas nos autos de que o prestador de serviço tratou a passageira com o devido respeito. “Pelo contrário, em sua contestação, a parte requerida sequer contesta acerca do evento ocorrido, firmando sempre sua alegada ausência de responsabilidade quanto aos fatos narrado”, explicou o magistrado.
“A empresa requerida deve, no mínimo, garantir tratamento igualitário e urbano, qual seja o que proporcione respeito, educação, cordialidade. Agindo fora desse enfoque, surge o dever de indenizar”, finalizou o juiz.
Em nota, a Uber disse que “repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência. Este tipo de comportamento configura violação ao Código de Conduta da Comunidade Uber e a conta do motorista foi desativada da plataforma.
A Uber defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro”.
Leia a nota na íntegra:
[olho author=””] “A Uber repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência. Este tipo de comportamento configura violação ao Código de Conduta da Comunidade Uber e a conta do motorista foi desativada da plataforma.
A Uber defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro.
Desde 2018, a empresa tem um compromisso público para o enfrentamento da violência contra a mulher, materializado no investimento em projetos elaborados em parceria com entidades que são referência no assunto, que inclui campanhas contra o assédio, podcast para motoristas parceiros sobre violência contra a mulher, entre outras ações.
A plataforma também conta com um processo de detecção automática de linguagem imprópria nas mensagens que são enviadas no bate-papo do aplicativo – tanto nas viagens quanto no Uber Eats. Palavras que possam ser consideradas ofensivas ou que ameacem a integridade de uma pessoa entram automaticamente em um processo de desativação permanente da conta original.” [/olho]
*Com informações do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ- GO)