Projeto Probidade

2,5 mil processos de improbidade administrativa correm risco de prescrever em Goiás

Projeto ambiciona reduzir em até 2 anos o tempo de julgamento de processos de improbidade e foi pensado por um promotor

Tribunal de Justiça de Goiás: casos de improbidade na lupa (Foto: Divulgação)

Um levantamento realizado pelo Ministério Público de Goiás aponta que dos 3.352 processos alusivos a casos de improbidade administrativa abertos no Estado antes de outubro de 2021, cerca de 2,5 mil correm o risco de prescrever até outubro de 2025. Uma das razões que explicam o número elevado é a lei 14.230/2021, que reduziu o prazo para prescrição de seis para quatro anos.

Com a proposta de aumentar a eficácia do judiciário no combate à corrupção e na protação do patrimônio público, o promotor Rafael Correa Costa, coordenador do Grupo de Atuação Especial do Patrimônio Público (GAEPP), criou um projeto chamado ‘Probidade’, em parceria com o Tribunal de Justiça de Goiás.

Núcleo para casos de improbidade

A proposta é a de criar um Núcleo de Aceleração de Julgamento (NAJ), mutirões para agilizar os processos, treinamentos para juízes e promotores e o uso de uma ferramenta para acompanhar as ações.

Ele conta que a semente do projeto é um estudo acadêmico que desenvolveu durante o mestrado. A pesquisa identificou que, em Goiás, as ações de improbidade administrativa levam entre cinco e seis anos para serem concluídas, e cerca de 75% dessas ações ainda em primeiro grau têm previsão de duração superior a quatro anos.