JULGAMENTO

Justiça decide mandar a júri popular empresário acusado de tentar matar ex em salão de beleza, em Goiatuba

Caso aconteceu em 28 de maio e o homem foi preso no dia seguinte ao crime

Justiça decide mandar ao júri empresário acusado de tentar matar ex em salão de beleza, em Goiatuba
Justiça decide mandar ao júri empresário acusado de tentar matar ex em salão de beleza, em Goiatuba (Foto: Polícia Civil)

A Justiça decidiu que o empresário acusado de tentar matar a ex-namorada de 19 anos em um salão de beleza, em Goiatuba, com disparo de arma de fogo nas costas, vai a júri popular. O caso aconteceu em 28 de maio e o homem foi preso no dia seguinte ao crime, e segue detido.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu denúncia no começo de junho. Em 22 de agosto, a Justiça decidiu pela pronúncia do réu (mandar para o júri) em razão da tentativa de homicídio triplamente qualificado. Segundo o MPGO, o crime foi praticado por motivo torpe, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, contra mulher, por razões da condição de sexo feminino (feminicídio).

A data do julgamento pelo tribunal do júri ainda não foi marcada. O Mais Goiás não conseguiu contato da defesa do suspeito, mas o espaço segue aberto.

Caso

Sobre o caso, a jovem Dyullya Rodrigues Nunes aguardava atendimento em um salão de beleza do município, quando um homem identificado como Glenilton Lopes, de 25 anos, atirou pelas costas dela. De acordo com a Polícia Civil, eles eram namorados e teriam rompido um relacionamento de dois anos. 

Câmeras de videomonitoramento registraram o momento em que o homem tentou matar a ex-namorada. Ainda conforme a corporação, o suspeito entrou no estabelecimento e, após breve conversa, sacou um revólver e efetuou dois disparos que atingiram a vítima na região dorsal. Logo em seguida, ele fugiu em seu veículo e o abandonou.

Ainda sobre a ocorrência, o fim do relacionamento se deu uma semana antes do crime. Além do rompimento, a vítima teria denunciado o ex-companheiro por agressão. 

Investigação

A Polícia Civil concluiu o inquérito do caso em 5 de junho e o suspeito foi indiciado por tentativa de feminicídio com a agravante de descumprimento de medidas protetivas e posse irregular de arma de fogo. Na denúncia, o MP disse que o acusado somente não cumpriu seu desejo de matar, porque a vítima foi imediatamente socorrida e transferida para Goiânia em UTI aérea.