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Justiça decide que avenida Castelo Branco não vai se chamar Iris Rezende, em Goiânia

A juíza entendeu que a alteração de nome da avenida traz impacto social de grande repercussão que pode causar confusão

Avenida Castelo Branco, em Goiânia (Foto: Google - Earth)

Decisão da juíza Jussara Cristina Oliveira Louza mantém o nome da Avenida Castelo Branco, em Goiânia. Com isso, a mudança para Agrovia Iris Rezende Machado, aprovada pela Câmara Municipal, e sancionada pelo prefeito em exercício, na ocasião, Romário Policarpo (PRD), pelo menos por enquanto, cai por terra.

A ação foi protocolada por entidades de comerciantes da região que solicitaram a anulação da lei que muda do nome de Castelo Branco, presidente durante a ditadura militar no Brasil (e um dos articuladores do golpe militar no país), para homenagear Iris Rezende, ex-prefeito de Goiânia e ex-governador de Goiás, que teve mandato cassado pelo regime ainda na década de 1960.

A prefeitura ainda não foi notificada da decisão. Ainda cabe recurso.

A juíza entendeu que a alteração de nome da avenida traz impacto social de grande repercussão, podendo acarretar confusão de referência de localização, além de impor gastos aos residentes e comerciantes locais.

“[Os comerciantes e moradores] terão que atualizar seus endereços e cadastros comerciais, e também todo material de uso comercial (cartões, sacolas, material de mídia e divulgação), em momento de nítida recuperação financeira, após período pandêmico que perdura por mais de três anos”, ponderou a juíza.

O autor do projeto, o deputado estadual Clécio Alves (Republicanos), chegou a colher assinaturas de colegas parlamentares na tentativa de dar celeridade ao julgamento do processo que mudou a denominação da Avenida Castelo Branco, em Goiânia, para Agrovia Iris Rezende.