Justiça decreta prisão de homem que cobrava para burlar fila de espera do SUS em Goiânia
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), decretou a prisão preventiva do servidor…
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), decretou a prisão preventiva do servidor público Eder Alves Da Rocha, apontado como responsável por esquema que cobrava até R$ 2 mil para burlar fila de espera para cirurgias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Goiânia. A decisão de prisão é da juíza Placidina Pires, da 6ª Vara dos Crimes Punidos com Reclusão da comarca de Goiânia.
Conforme informações do Tribunal, Eder é suspeito de facilitar o acesso à cirurgia no Hospital Estadual Geral de Goiânia (HGG). Os valores cobrados variam entre R$ 1 mil e R$ 2 mil. A denúncia foi feita por uma mulher que entrou num grupo de Whatsapp chamado “Cirurgia Plástica pelo SUS – Goiânia”, onde conheceu o suspeito que lhe ofereceu vantagem de acelerar o acesso ao procedimento médico em troca de R$ 1 mil.
“Os delitos supostamente praticados envolvem a saúde de pessoas que dependem do Sistema Único de Saúde e estão há longos períodos nas filas de espera, aguardando chamada para o devido tratamento, o que demonstra a necessidade da segregação cautelar do investigado e desvendar a participação de outros servidores no esquema”, destaca.
Lembre o caso
Eder Alves da Rocha, de 51 anos, foi preso, na última terça-feira (12). Ele supostamente teria confessado à polícia que há mais de 15 anos atuava como intermediador para interessados em realizar cirurgias pela rede pública.
O homem é servidor comissionado na Prefeitura de Minaçu desde dezembro de 2017, mas não teria usado o cargo para cometer o crime.
De acordo com o delegado adjunto da Delegacia Estadual de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP), Rhaniel Almeida, a polícia já sabe que o esquema propiciou a realização de dezenas de cirurgias no Hospital Geral de Goiânia Alberto Rassi (HGG) e no Hospital das Clínicas (HC), mas ainda não conseguiu apurar o número total de pessoas que teriam sido beneficiadas com o esquema.
*Thaynara da Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo