Justiça decreta prisão de mãe que matou bebê e escondeu corpo em escaninho em Goiânia
A prisão foi decretada pelo juiz Jesseir Alcântara na segunda-feira (14), depois que a condenada não compareceu em juízo
A Justiça de Goiás decretou a prisão da mãe que matou a filha bebê e escondeu o corpo em um escaninho, por cinco anos. O crime ocorreu em 2011, em Goiânia. A professora Márcia Zaccarelli Bersaneti foi condenada a 18 anos de reclusão, mas respondia em liberdade e precisava cumprir uma série de exigências. A prisão foi decretada pelo juiz Jesseir Alcântara na segunda-feira (14), depois que a condenada não compareceu em juízo.
Segundo consta nos autos, o crime ocorreu em março de 2011, em uma praça, nas proximidades do Supermercado Moreira, no Setor Coimbra, em Goiânia. Depois de assassinar a filha recém-nascida, ela escondeu o corpo no escaninho do prédio em que morava. O caso só foi descoberto em 2016, quando o ex-marido da professora encontrou os restos mortais da vítima.
Veja o que motivou a prisão preventiva da mãe que matou bebe e escondeu corpo em escaninho em Goiânia
Na decisão que ordenou a prisão preventiva de Márcia Zaccarelli, o juiz Jesseir Alcântara explicou que a mulher foi condenada a 18 anos e oito meses de reclusão. A defesa recorreu e, em 2018, a Justiça revogou a privação de liberdade e determinou que a mulher compareça em juízo todo dia 10 de cada mês. Ela também foi proibida de se ausentar da Comarca sem comunicar a autoridade judicial.
Por conta da pandemia da Covid-19, o comparecimento presencial em juízo foi suspenso. No final de 2021, porém, a suspensão se findou e foi determinada a intimação da condenada para comparecer em juízo a partir do dia 10 de dezembro daquele ano.
Segundo consta nos autos, o mandado de intimação não foi cumprido, pois o imóvel indicado no processo estava desocupado. Por conta do descumprimento das medidas cautelares e do esgotamento dos recursos em segundo grau, o Ministério Público manifestou pela prisão preventiva de Márcia.
Na decisão, o juiz Jesseir argumentou que, “mesmo lhe sendo oportunizado permanecer em liberdade e cumprir medidas diversas da prisão, a ré abandonou o cumprimento de tais obrigações, encontrando-se agora em local incerto e não sabido, com o evidente objetivo de se furtar da responsabilização perante o Estado”, justificou o magistrado ao decretar a prisão.
O Mais Goiás tenta contato com a defesa da ré.