Os irmãos e policiais federais Ovidio Rodrigues Chaveiro e Valdinho Rodrigues Chaveiro, acusados de serem os responsáveis pelo atentado a bomba contra o advogado Walmir Cunha, tiveram decretadas suas prisões preventivas. A decisão foi proferida pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Goiânia, Lourival Machado da Costa, no mesmo dia que expirava o prazo da prisão provisória, nesta quarta-feira (25).
O juiz também recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) contra os acusados, que vão responder por tentativa de homicídio triplamente qualificada: motivo torpe, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e uso de explosivo. Os suspeitos estão presos desde o dia 27 de dezembro.
O caso
O atentado aconteceu no fim da tarde do dia 15 de julho. Um mototaxista chegou ao escritório de advocacia da vítima, no Setor Marista, em Goiânia, tocou a campainha e falou que tinha uma encomenda para o “doutor” Walmir.
A secretária do escritório recebeu e avisou o advogado, que foi até a recepção e pegou a caixa, que segundo relatou ela para os PMs, fazia o barulho semelhante ao de um ponteiro de relógio em funcionamento. Assim que Walmir abriu a caixa, ela explodiu, destruindo parte da recepção e ferindo a mão esquerda e o peito do advogado.
Walmir Cunha, de 37 anos, perdeu três dedos da mão direita e ficou com outras escoriações pelo corpo.
Investigações da Polícia Civil descartaram a possibilidade de participação do motoboy que entregou a encomenda, já que ele não tinha conhecimento do que transportava.
Em setembro, a Polícia Civil divulgou imagens do homem,um senhor de cerca de 60 anos, que teria feito a encomenda ao motoboy. As investigações também concluíram que o artefato enviado ao advogado não poderia ter sido fabricado por qualquer pessoa. Por isso, o delegado responsável pelo caso acredita que ao menos um policial tenha participado do atentado.