Justiça decreta prisão preventiva de suspeito de golpes em bares de Goiânia e Palmas
Ruan Pamponet é suspeito de dar calote de R$ 5,2 mil em bar um bar de Palmas; dias antes ele teria cometido o mesmo crime em Goiânia
A Justiça de Palmas (TO) decretou, na sexta-feira (22), a prisão preventiva de Ruan Pamponet Costa, suspeito de dar calote de R$ 5,2 mil em bar na Praia da Graciosa, no município. Vale lembrar, ele foi preso na quarta (21), dois dias após ser liberado – sem fiança – de uma cadeia em Goiânia, onde foi detido pela mesma prática, que já realizou em outros Estados e no DF.
Com a decisão do juiz Rafael Gonçalves, da 3ª Vara Criminal de Palmas, Ruan segue preso na Casa de Prisão Provisória da cidade. Diferente da temporária, a prisão preventiva não tem prazo determinado e o suspeito de estelionato pode ficar detido durante todo o processo.
Sobre os crimes recentes, em Goiânia, ele consumiu cerca de R$ 6 mil em um bar, fingiu passar mal e foi preso. Três dias depois, em 18 de abril, a Justiça acatou pedido da Defensoria Pública de Goiás e dispensou a fiança para liberar Ruan da prisão.
Já no dia 21, quarta, ele foi detido novamente, dessa vez por consumir mais de R$ 5,2 mil no Bar e Restaurante Dona Maria Beach que fica na Praia da Graciosa, um dos principais pontos turísticos de Palmas. Os atendentes desconfiaram de Ruan e, quando a conta chegou a R$ 5 mil, eles pediram o pagamento parcial. O suspeito, então, fingiu passar mal e disse não ter dinheiro.
Antes disso, no DF, ele consumiu cerca de R$ 5,8 mil em um bar no Pontão do Lago Sul, em 7 de abril e também não pagou. Os funcionários chamaram a polícia, que prendeu o suspeito, mas ele foi liberado após assinar Termo Circunstanciado de Ocorrência.
Histórico
O histórico, porém, é maior e mais antigo, conforme revela o Metrópoles. Ruan, em abril de 2019, também esteve em Brasília, aplicando golpes durante o tempo que permaneceu na capital federal.
No dia 12 de abril daquele ano, ele foi denunciado por um motorista de aplicativo e duas garotas de programa. Ele teria feito diversas viagens, incluindo à Feira dos Importados, bares e motel.
Segundo o motorista, o prejuízo que ele teve foi de cerca de R$ 600. Já as garotas de programa ficaram sem receber R$ 1 mil cada. O motel, R$ 3,2 mil.
“Durante a madrugada, ele saiu do bar com duas garotas de programa e pediu que eu ficasse esperando. Já era a terceira ou a quarta corrida do dia, apenas com ele. Sempre pedia para adiantar algo em dinheiro, mas ele dizia que ia pagar a conta ao final. Quando chegamos no motel, fiquei aguardando dentro do estabelecimento, mas na parte externa do quarto. Após muita demora, concluí que eu levaria um calote e alertei fato a uma das meninas, pois elas também poderiam ser vítimas”, contou o motorista ao site, mas pediu para não ser identificado.
Ruan é natural de Aracaju (SE). Ele também já foi denunciado por estelionato em 2015, 2018 e 2019. Segundo levantamento do UOL, ele possui 41 processos, a maioria por estelionato.