EDUCAÇÃO

Justiça determina fim da greve dos professores da UEG e retorno imediato às atividades

Desembargador Fernando de Castro Mesquita definiu, ainda, multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento

Professores da UEG aprovam minuta do plano de carreira, que vai ao Conselho Universitário
Professores da UEG aprovam minuta do plano de carreira, que vai ao Conselho Universitário (Foto: Adueg)

O desembargador Fernando de Castro Mesquita decidiu a favor do Estado de Goiás e da Universidade Estadual de Goiás (UEG), e determinou fim da greve dos docentes instituição e retorno imediato às atividades. A decisão é liminar e foi publicada nesta terça-feira (5/3).

Além disso, a decisão determina pena de multa diária de R$ 100 mil em caso de não cumprimento da determinação judicial. O entendimento ocorre em decorrência de uma ação civil pública do Estado de Goiás e da UEG, que socilitaram a declaração de ilegalidade e abusividade do movimento grevista iniciado pelos docentes da universidade.

Os entes alegaram na ação que a Associação dos Docentes não cumpriu as exigências legais ao declarar a greve, não especificando o número mínimo de professores para atendimento à comunidade, conforme previsto na legislação aplicável. Também questionaram a proporção entre a reivindicação dos docentes, referente ao acesso a processos administrativos e a paralisação, que afetaria milhares de alunos.

Assim, o desembargador deferiu pedido de tutela antecipada, determinando a suspensão imediata da greve e o retorno dos professores às atividades. “Ambos os propósitos possuem viés político-administrativo, sem respaldo legal, fator a demonstrar a sua aparente desproporcionalidade com a paralisação principiada, já que alternativas menos prejudiciais à comunidade poderiam ser adotadas para a resolução do conflito”, ponderou o magistrado.

Os professores da Universidade Estadual de Goiás iniciaram a greve por tempo indeterminado, na última sexta-feira (1º), com ato na Praça Cívica, em Goiânia. A paralisação ocorre por falta de retorno do governo de Goiás sobre as demandas da categoria.

Em 16 de fevereiro, quando foi aprovado o indicativo de greve, a Adueg encaminhou ofício aos responsáveis, mas não teve resposta. Entre as reivindicações, está o acesso à proposta de Plano de Carreiras dos Docentes da UEG, que tramita na Secretaria de Estado de Administração. A associação pede para integrar o Grupo de Trabalho que está reformulando a carreira. Já a segunda é que o Governo encaminhe ao Legislativo projeto de lei para alteração da Lei do Plano de Carreira dos Docentes da UEG com a extinção do quadro de vagas, a fim de viabilizar as promoções dos docentes (entre classes).