Segue apreendido

Justiça determina internação de adolescente suspeito de estuprar e matar criança, afirma delegado

Internação tem caráter preventivo de 45 dias. Adolescente já foi encaminhado a um centro de internação da capital

Justiça determina internação de menor suspeito de estuprar e matar criança, afirma delegado

A Justiça determinou a internação do adolescente, de 17 anos, suspeito de abusar sexualmente do enteado, de apenas 2 anos, e matá-lo. O caso foi no último domingo (3), no Setor Eldorado Oeste, em Goiânia. A informação foi confirmada pelo delegado Queóps Barreto, da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai).

Ainda de acordo com o delegado, o menor já foi encaminhado para um centro de internação, mas o nome não foi divulgado para manter a integridade do adolescente. A internação é em caráter preventivo de 45 dias. Nesse meio tempo, será decidido se ele vai cumprir medida socioeducativa. Se ficar comprovado o ato infracional análogo ao crime de homicídio, o menor pode ficar até três anos internado. Esse é o prazo máximo de apreensão.

Queóps conta que o suspeito preferiu se manter em silêncio em depoimento. A mãe da criança, Íngrid Silva Marinho, de 21 anos, também foi detida pela suspeita do crime de abandono de incapaz, com qualificação da morte do bebê. Um lado cadavérico comprovou que a criança foi abusada sexualmente e asfixiada. A decisão que levou a mãe continuar presa foi dada pela juíza Bianca Melo Cintra. Entretanto, a magistrada permitiu que, sob escolta, a jovem fosse ao velório e enterro do filho.

Familiares da criança disseram à Polícia Civil (PC) que a criança já havia sido agredido pelo padrasto. Além disso, Íngrid alegou ao delegado Helyton Carvalho, que fez a prisão na Central de Flagrantes, que já tinha reparado mordidas no filho. Ao questionar o companheiro, ele teria dito que os hematomas foram causados por uma “brincadeira carinhosa.”

“Ela também falou que deixou os filhos sozinhos com o namorado porque pretendia arrumar um emprego no outro dia. Daí foi para a casa de uma amiga que moraria perto. Só que ela não sabe sequer dizer onde é esse local que pretendia arrumar um trabalho”, afirmou o delegado.

O investigador também disse que a mãe tinha costume de deixar a criança com o companheiro. “Tivemos a informação que todo final de semana ela deixava os filhos com o namorado em casa para poder passear. Por isso decidimos por autuá-la por abandono de incapaz, qualificado pela morte”, finaliza.