Justiça determina prisão preventiva da técnica de enfermagem que sequestrou recém-nascido
Para a juíza responsável, conduta “reveste-se de extrema gravidade”
A técnica de enfermagem Elenita Aparecida Lucas Correia, que confessou à Polícia Civil ter subtraído um recém-nascido da Maternidade Nascer Cidadão, teve a prisão preventiva decretada. A decisão foi tomada em audiência de custódia realizada na tarde desta sexta-feira (31). Ela deve ser encaminhada à Casa de Prisão Provisória, em Aparecida de Goiânia.
A audiência considerou também a situação de outras três pessoas envolvidas no caso. Elida Correia Dantas, Luana Lucas Soares Rocha e Leonardo Gonzaga Rocha. Elida é tia da técnica de enfermagem e ficou com o bebê por duas horas. Luana e Leonardo são o casal a quem a criança seria entregue. A juíza Placidina Pires, responsável pelo caso, concedeu liberdade provisória nos três casos.
Na decisão, a juíza afirmou que a conduta da técnica de enfermagem “reveste-se de extrema gravidade” e que, por esse motivo, a prisão preventiva seria imprescindível. Já nos outros casos, a liberdade foi concedida sob quatro condições. Eles devem comparecer a todos os atos do processo que forem intimados e precisam comunicar à justiça qualquer mudança de endereço. Além disso, não podem se ausentar mais de oito dias de suas residências e não podem praticar qualquer infração penal dolosa.
Entenda
O bebê nasceu no último sábado (25) e foi disponibilizado para adoção pela mãe no mesmo dia. Na madrugada desta quinta-feira (30), ele foi levado pela técnica em enfermagem que atuava no ambulatório da unidade há cerca de nove meses, e que, agora, deve ter o contrato encerrado. A mulher andou mais de 30 quilômetros com ele no baú de uma motocicleta até deixá-lo na casa de Elida.
À PC, Elenita contou que resolveu “presentear” uma Luana, que havia perdido o filho ainda na gestação. Comovida com o fato de que a mulher não poderia mais engravidar, a suspeita subtraiu a criança da neonatal da maternidade. Durante o depoimento, a autora afirmou que a atitude foi impensada e que não houve concordância entre a tia e o casal. Apesar disso, conforme Wellington, os envolvidos serão responsabilizados já que permaneceram com a criança por cerca de 8h e não informaram às autoridades competentes, assumindo o risco da subtração.