Justiça determina que Secretaria de Saúde disponibilize fosfoetanolamina sintética a paciente com câncer
A substância ainda não tem registro na Anvisa, mas é considerado por muitos como esperança contra a doença
Mais uma vez, a Justiça determina que a Secretaria de Saúde de Goiás a fornecer o medicamento experimental fosfoetanolamina sintética a uma pessoa em tratamento contra o câncer. Dessa vez, a beneficiada é uma mulher portadora de câncer no ovário.
A doença da mulher já em estágio avançado com complicações e metástase. Atualmente, ela submete-se a terapia médica paliativa, não havendo mais o que se fazer ante a evolução da doença.
O medicamento ainda não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ganhou repercussão no Brasil após ter sua distribuição aprovada pela Justiça para alguns pacientes.
A paciente asseverou que teve conhecimento acerca da substância e também que o medicamento se encontra em fase de pesquisa e espera que ele possa melhorar sua qualidade de vida, pois em razão das metástases vem sofrendo fortes dores por todo o corpo.
“importante ainda mencionar que a impetrante encontra-se acometida por grave doença, causando-lhe intenso sofrimento físico e psicológico, sendo que sua última esperança de obter melhor qualidade de vida é mediante a dispensação do medicamento em debate”, frisou o juiz Wilson Safatle Faiad, responsável pelo caso.
No início do mês passado, a Justiça havia determinado que a SES disponibilizasse a fosfoetanolamina sintética com urgência para um paciente com tumor gástrico já em estágio avançado com complicações e metástase. Naquele caso, a juíza resoponsável pela decisão, Sandra Regina Teodoro Reis, utilizou uma justificativa parecida para a decisão: “Considerando que o impetrante está acometido por uma doença grave, cruel, que lhe causa intenso sofrimento físico e emocional, a sua última esperança de obter uma melhora na qualidade de vida, quem sabe a cura, é com a dispensação do referido medicamento.”