Justiça manda soltar homem baleado pela PM após jogar pedras em viatura em Goiânia
Magistrado entendeu que a prisão preventiva não era necessária e que, no dia do ocorrido, o homem poderia estar afetado porque ele sofre de transtornos mentais
A Justiça mandou soltar o homem de 27 anos que foi baleado após jogar pedras em uma viatura da Polícia Militar, em Goiânia. O caso aconteceu no dia 4 de janeiro deste ano e a decisão que revogou a prisão preventiva dele foi expedida na sexta-feira (20).
De acordo com o sistema do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) o alvará de soltura foi cumprido às 8h51 deste domingo (22). Na decisão o juiz Luís Henrique Lins Galvão de Lima, da 7ª Vara Criminal, apontou que a prisão preventiva não era necessária e que, no dia do ocorrido, o homem poderia estar afetado “transtornos mentais”.
Contudo, o juiz aplicou medidas cautelares que o investigado deve seguir:
- Ele não pode mudar de endereço, telefone e local de trabalho sem avisar a Justiça
- Ele não pode sair de Goiânia sem autorização judicial;
- Ele não pode usar drogas e ou álcool;
- E ele deve comprovar que está internado em centro terapêutico para tratar dependência química.
No dia do fato, a PM informou que abriu um inquérito policial e afastou os militares envolvidos das atividades operacionais até o término das apurações. Um vídeo mostra que policiais militares dispararam pelo menos 14 vezes contra ele, em menos de dez segundos. A corporação não emitiu um novo posicionamento.
Relembre o caso
Um vídeo mostra o momento em que o suspeito atira pedras contra a viatura. A gravação também inclui cenas dos policiais disparando na direção do homem.
Na ocasião, o Corpo de Bombeiros informou que encontrou o então detido com ferimento de arma de fogo na região do abdômen e do braço. O suspeito foi levado ao Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).
Logo após o ocorrido, o hospital emitiu nota de o alvejado estava consciente, respirando espontaneamente e que o estado de saúde dele era regular.
Em nota, a Polícia Militar justificou que o homem estava ameaçando pessoas e arremessando pedras em outros veículos.