Justiça mantém preso jovem suspeito de matar namorada em Indiara
O Tribunal de Justiça de Goiás manteve preso o jovem suspeito de matar a ex-namorada,…
O Tribunal de Justiça de Goiás manteve preso o jovem suspeito de matar a ex-namorada, Raiane Ferreira da Silva, a facadas em Indiara. A prisão dele aconteceu em flagrante, pouco depois do feminicídio, na noite de segunda-feira (20). A defesa do jovem solicitou o direito de liberdade provisória, que foi negado. Com isso, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva.
A defesa do suspeito pediu para que ele fosse solto, com base no fato de que o rapaz trabalhava em uma barbearia e tinha onde morar. No entanto, a juíza plantonista Julyane Neves afirmou que esses fatos não são suficientes para libertar o suspeito, em razão da gravidade do crime pelo qual ele está sendo investigado.
“Características pessoais positivas, como ocupação laboral lícita e residência fixa, ainda que comprovadas, não têm o condão de garantir, por si sós, a revogação da prisão provisória”, disse a juíza.
O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa do investigado para manifestação.
Investigação
Ao Mais Goiás o delegado do caso, Daniel Moura, afirmou que deve concluir o inquérito nos próximos dias. Segundo ele, é praticamente certo que o rapaz seja indiciado como o responsável pela morte de Raiane. Isso porque, a autoria do crime está definida.
“O caso já tem autoria definida. Ele será indiciado por feminicidio e o inquérito remetido ao judiciário”, afirmou.
De acordo com o delegado, o laudo do Instituto Médico Legal (IML), que conclui a causa e forma de morte da vítima, ainda não foi encaminhado para a delegacia. Por isso, não se sabe ainda quantos golpes a vítima recebeu.
Família quer justiça por Raiane
À reportagem, a mãe de Raiane, Regina Ferreira, disse que tudo que mais quer neste momento é justiça pela morte da filha. “Eu acho que ele nunca mais tinha que sair da cadeia. Me ajudem! Cobrem justiça pela minha filha. Ela não merecia isso, ela tinha sonhos, só queria dar uma vida melhor pro bebê dela. Eu quero justiça”, lamenta a mãe da vítima.
Segundo Regina, desde que a filha morreu o neto, de apenas 7 meses, chora muito e rejeita a mamadeira. “Ele [ bebê ] sempre ficou só com ela [ Raiane ]. Ela era muito ciumenta com ele e agora ele chora muito e fica olhando nas tias, parece que procurando ela. Isso corta o coração! Estamos dando leite na colher, que as amigas dela estão trazendo, tentando entreter ele, mas é muito difícil tudo isso”, lamenta a avó.
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*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.