FALSO SEQUESTRO

Justiça mantém prisão de influenciadora que usou falso sequestro para conseguir dinheiro

Casal forjou o sequestro do namorado por policiais e enviou mensagem pedindo dinheiro para os familiares do rapaz

Influenciadora e namorado suspeitos de extorquir a própria família vão continuar presos (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

A influenciadora digital Yeda Freitas, de 31 anos, e seu namorado, Gabriel Felipe Arantes, tiveram suas prisões mantidas pela Justiça após serem acusados de forjar um sequestro com o intuito de extorquir dinheiro de familiares do rapaz. A decisão aconteceu durante a audiência de custódia realizada nesta terça-feira (5), em Aparecida de Goiânia, onde a prisão em flagrante foi convertida em preventiva.

De acordo com a Polícia Civil, a dupla foi detida pelo Grupo de Repressão a Roubos da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) após denúncias feitas pelos familiares de Gabriel. Eles relataram ter recebido mensagens com ameaças pelo WhatsApp, nas quais alegavam que o jovem havia sido detido por policiais não identificados ao sair de um motel com drogas. Para evitar que ele fosse levado para delegacia, exigiam o pagamento de R$ 1 mil.

Um tio do suspeito chegou a realizar a transferência do valor solicitado. Em uma das mensagens recebidas, havia uma imagem do jovem com as mãos para trás, em frente a um carro modelo Nissan Kicks. Mesmo após o pagamento, novas mensagens foram enviadas para outros familiares, incluindo a mãe de Gabriel, que também recebeu exigências de mais R$ 1 mil.

Durante o depoimento, Gabriel confessou que os valores recebidos foram utilizados para pagar o aluguel do apartamento onde morava com Yeda e que eles chegaram a sair para um bar após as transferências.

Após investigações, a polícia localizou o casal em um apartamento e efetuou a prisão em flagrante. Três celulares também foram apreendidos.

De acorda com a polícia, as investigações sobre o caso continuam sob sigilo.

Envolvimento em assassinato

Em maio de 2023, Yeda Freitas foi presa suspeita de envolvimento no assassinato de um homem relacionado a uma dívida de R$ 250 mil pela venda de uma “central de distribuição de cocaína”. Na época, ela teria feito pagamentos à vítima através de sua conta bancária.

O ex-namorado dela, Antônio Luiz de Souza Filho, conhecido como Toinzinho, é apontado como autor do homicídio e estava ligado ao esquema criminal.