Justiça mantém prisão de João de Deus após audiência de custódia
O médium João de Deus foi novamente preso na última quinta-feira (26), em Anápolis, após denúncia do MP-GO
A Justiça manteve a prisão de João de Deus, ocorrida na última terça-feira (26), em Anápolis, após a realização de uma audiência de custódia na tarde da última sexta-feira (27). O médium voltou a ser preso depois de a Justiça acatar um pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Ele já teve condenações pelos crimes de estupro e violação sexual, mas cumpria pena em regime domiciliar.
A nova prisão de João de Deus é relativa à 15ª denúncia apresentada pelo MP-GO. A denúncia foi feita pelo promotor Luciano Miranda Meireles. Ele coordenou a força-tarefa montada pelo MP-GO no fim de 2018 que apurou os crimes praticados por João de Deus. Vale lembrar, os casos vieram a público depois de reportagem exibida na TV Globo.
A audiência de custódia realizada ontem foi presidida pelo juiz Marcos Boechat Lopes Filho e terminou por volta das 15h30 de ontem.
Na ocasião da nova prisão, a defesa do condenado declarou que a decisão “atropelou conscientemente a outra decisão proferida anteriormente pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás que havia concedido prisão domiciliar humanitária”. A reportagem do Mais Goiás tentou contato com a defesa de João de Deus sobre audiência de custódia, mas não obteve retorno. O espaço permanece aberto.
Denúncias e condenações de João de Deus
Até hoje, o Ministério Público já ofereceu 15 denúncias contra João de Deus por crimes sexuais. Na mais recente, proposta no dia 13 de agosto, a denúncia envolve oito mulheres. O documento aponta, ainda, um estupro de vulnerável ocorrido na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.
Das 15 denúncias, o médium já foi condenado em três ações. As condenações são: 19 anos e 4 meses de reclusão por violação sexual mediante fraude, na modalidade tentada; violação sexual mediante fraude; e 2 estupros de vulneráveis. A segunda, 40 anos de reclusão por 5 estupros de vulneráveis; e, por fim, 2 anos e 6 meses de reclusão por violação sexual mediante fraude contra uma vítima.
Fora do espectro sexual, João de Deus foi condenado a 4 anos de reclusão por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e por posse irregular de arma de fogo de uso restrito.