Justiça mantém prisão de mulher suspeita por atear fogo em colega de sala, em Goiânia
O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida…
O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia decidiu pela manutenção da prisão de Islane Pereira Saraiva Xavier, de 20 anos. Ela foi denunciada pelo Ministério Público por tentar matar uma colega de sala, de 17 anos, ao atear fogo no corpo dela dentro da escola, em Goiânia. Na ocasião ela tinha 19 anos.
O crime aconteceu no dia 31 de março, enquanto as garotas estavam no intervalo. Islane, que está presa desde que tudo aconteceu, alega que a vítima fazia comentários que zombavam do bronzeado dela. Todavia, testemunhas disseram à Polícia Civil que as duas, apesar de estudarem na mesma sala, nunca tiveram nenhum contato.
Além de negar a revogação da prisão preventiva, o magistrado também determinou a ré seja submetida à perícia para averiguar possível insanidade mental. “Havendo dúvidas acerca da sanidade mental da acusada, (…) instauro o presente incidente de insanidade mental de Islane (…), a fim de ela ser submetida a exame pericial”, escreveu.
Já sobre a prisão: “Ressalte-se que o decreto prisional deve ser mantido, uma vez que não foram apresentados argumentos ou fatos novos aptos a ensejar a revogação do decreto preventivo. Por conseguinte, perduram os fundamentos da sua decretação, que consiste na garantia da ordem pública, em razão da gravidade concreta
do delito.”
Confira a decisão AQUI.
Relembre o caso
O crime aconteceu na noite do dia 31 de março, no Colégio Estadual do Setor Palmito, no Jardim Novo Mundo, em Goiânia. A vítima estava em uma fila para pegar o lanche, quando Islane se aproximou pelas costas, jogou álcool na colega e ateou fogo.
Funcionários da escola socorreram a vítima e chamaram o Corpo de Bombeiros, que prestou os primeiros socorros e encaminhou a adolescente ao Hugol. Enquanto o Batalhão Escolar deteve a agressora depois do ataque.
Na época, Islane explicou aos policiais militares que, no dia anterior, a vítima tinha insultado o bronzeamento dela, numa espécie de ato de bullying. Por isso, levou o álcool e facas para a escola para se vingar dos comentários.
Entretanto, segundo a delegada Marcella Orçai, que ficou responsável por apurar o caso, nenhuma testemunha confirmou o fato. “No inquérito não há ninguém que presenciou tal fato ou que tenha ouvido falar de rixa entre as duas”, disse ela.
Durante o depoimento, Islane se manteve em silêncio, mas confessou que levava na bolsa uma faca e canivetes, com o objetivo de matar a adolescente.