VIOLÊNCIA

Justiça mantém prisão de pai de santo acusado de estupros em Aparecida

Na audiência de custódia, o juiz responsável concedeu liberdade provisória pelo porte de duas munições de revólver calibre 38. No entanto, manteve a prisão pelos crimes sexuais.

O MPGO denunciou o homem que dizia ser pai de santo para cometer crimes sexuais contra mulheres em Aparecida de Goiânia. (Foto: PC - Divulgação)

O homem suspeito de se passar por pai de santo para estuprar mulheres em Aparecida de Goiânia teve a prisão mantida após passar por audiência de custódia. Ele foi preso na última sexta-feira (26) após pelo menos seis vítimas procurarem a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).

Na audiência de custódia, o juiz responsável concedeu liberdade provisória pelo porte de duas munições de revólver calibre 38. No entanto, manteve a prisão pelos crimes sexuais.

As apurações conduzidas pela Deam de Aparecida de Goiânia apuraram que Gleidimar Primo da Silva, de 46 anos, praticava os abusos quando as mulheres o procuravam para algum tipo de trabalho espiritual. Entre as vítimas estão três mulheres, duas adolescentes e uma trans.

Quando questionado sobre o motivo do contato sexual, ele afirmava que fazia parte do tratamento. Para amedrontar as vítimas, dizia que a vida delas seria arruinada para sempre, caso fosse denunciado. A polícia apreendeu com ele duas munições e 12 facas, que teriam sido utilizadas para ameaçar as mulheres.

Registro

Segundo denúncia da Federação de Umbanda e Candomblé de Goiás (Fuceg), Gleidimar não tinha registro para exercer a profissão de pai de santo. A entidade não encontrou nenhum registro no nome dele, nem como Junior de Omulu.

“Dentro das informações que eu levantei junto às federações brasileiras, não existe nenhum registro no nome dele nem em relação a ele. Ele estava trabalhando de forma ilegal no terreiro. Também não constatamos de qual casa em Goiás ele estaria ligado”, disse o presidente da Fuceg, Salmo Vieira, ao G1.

Cirurgia

Entre as três vítimas que já prestaram depoimento à polícia, uma contou que precisou fazer uma cirurgia no intestino, que foi perfurado durante o ato sexual. A Polícia Civil tem denúncias, ainda não confirmadas, de que uma das vítimas é uma idosa e outras duas seriam menores de idade.