Justiça mantém prisão de suspeito de matar motorista de aplicativo, em Goiânia
O suspeito de matar o motorista de aplicativo Ismael Ribeiro, de 55 anos, teve a…
O suspeito de matar o motorista de aplicativo Ismael Ribeiro, de 55 anos, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva, nesta quarta-feira (4). Uingles Queiroz Costa, de 37 anos, continua detido após decisão do juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, da 1ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri.
De acordo com a sentença, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) opinou pela a conversão da prisão. O juiz, por sua vez, alegou que não foi constatada qualquer ilegalidade ou nulidade que pudesse justificar a soltura do suspeito. Diante disso, ele ressaltou que a prisão de Uingles é necessária “para a garantia da ordem pública.”
Em outro trecho da sentença, o juiz pontuou que o suspeito agiu com violência. Com isso, “a gravidade concreta combinada ao modus operandi do delito demostra a sua periculosidade.” O magistrado também disse que o suspeito “já possui um extensa ficha criminal e já cumpriu pena por tentativa de homicídio e possui outras passagens por delitos graves.”
O crime aconteceu na noite da última segunda-feira (2). De acordo com a Polícia Militar (PM), a vítima teria passado com o carro em cima de alguns materiais reciclagem do catador, na Avenida Coronel Joaquim de Bastos, no Setor Marista. Houve uma discussão e, em determinado momento, ele desferiu golpes de faca no ombro e no pescoço do motorista de aplicativo.
A vítima, mesmo ferida, conseguiu dirigir até um hospital da região. Ele foi encaminhado para a emergência, mas não resistiu aos ferimentos. Uingles foi preso no dia seguinte no Setor Pedro Ludovico. Ele confessou o crime aos policiais, mas, de acordo com a sua versão, ele atingiu o motorista de aplicativo após a mesma esboçar que iria pegar algum objeto no console do veículo.
Suspeito de ataque a bomba
O delegado Francisco Costa, da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH), destaca que Uingles foi o responsável de explodir uma bomba dentro de um ônibus do transporte coletivo, no Jardim América. O caso teria sido em 2013 e duas pessoas ficaram levemente feridas. “Ele foi condenado por esse crime e pegou quatro anos de prisão. Agora, ele já estava em liberdade”, conta o delegado.
Além disso, no mesmo ano, Uingles foi investigado pela explosão um outro artefato dentro do veículo de um casal, em Anápolis. O atentado ocorreu na Avenida Barão do Rio Branco, no Centro da cidade. Imagens de câmeras de seguranças flagraram o momento que um homem de bicicleta passa ao lado do veículo e taca o explosivo para dentro. Logo após, o carro foi consumido pela fumaça. As vítimas tiveram várias partes dos corpos queimadas de até 3º grau.
De acordo com o delegado, este inquérito acabou sendo arquivado. À época, Uingles confessou a autoria do ataque ao ônibus, mas negou que tenha feito o mesmo com o casal. Ele até se negou em participar da reconstituição do crime, alegando inocência. “Como ele é reincidente, a pena pode ser um pouco maior. Mas tudo vai depender da interpretação do juiz”, destaca.