COVID-19

Justiça mantém deputado Humberto Teófilo no fim da fila da vacina

A Justiça rejeitou o pedido de liminar feito pelo deputado Delegado Humberto Teófilo (PSL) e…

A Justiça rejeitou o pedido de liminar feito pelo deputado Delegado Humberto Teófilo (PSL) e o manteve no fim da fila da vacinação contra a Covid-19. O parlamentar sofreu a punição, determinada por um decreto publicado pela Prefeitura de Goiânia, após comparecer ao local de vacinação e se recusar a receber a dose que estava sendo aplicada por causa de sua fabricante.

Após ser informado que havia sido mandado para o fim da fila da vacinação em razão da rejeição pelo imunizante, Teófilo acionou a Justiça, mas a resposta foi negativa. De acordo com a decisão da juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal, Marina Cardoso Buchdid, publicada ontem (4), a escolha da vacina contra a Covid-19 não compete ao cidadão.

“Pautando-se no princípio da razoabilidade administrativa, estanho seria se se pudesse permitir a todas as pessoas a escolha do imunizante que se pretende tomar ou mesmo que elas, diante da opção pessoa de recusa, pudesse retornar a outros postos, entrando e saindo da fila, até que conseguissem uma vacina de seu agrado”, argumentou a magistrada.

Em nota enviada ao Mais Goiás, a defesa de Teófilo declarou que respeita a decisão da juíza, mas que ela teria julgado “de forma equivocada”. A defesa afirma ainda que vai recorrer da decisão e, caso ela seja mantida, vai orientar o parlamentar a se vacinar em outra cidade, “tendo em vista que o plano de vacinação é nacional e o decreto tem validade apenas no município de Goiânia”.

Relembre

Em 15 de julho deste ano, a Prefeitura de Goiânia publicou decreto no Diário Oficial do Município que permite colocar os chamados “sommeliers de vacina”, ou seja, a pessoa que escolhe a vacina contra a Covid-19 pela sua marca, no fim da fila da imunização contra Covid-19. A medida acarretou em punição para mais de 20 pessoas até agora, incluindo o deputado estadual Delegado Humberto Teófilo.

No dia 29, o parlamentar foi “punido” e mandado para o final da fila após ter comparecido ao local de vacinação na capital e ter se recusado a receber a dose, após descobrir sua fabricante. “Vamos recorrer ao poder judiciário, porque nos obrigar a tomar sem dar uma outra opção… isso não é um estado democrático de direito”, disse Teófilo em um vídeo publicado nas redes.