Justiça nega habeas corpus a João de Deus
O pedido de Habeas Corpus ao médium João de Deus foi negado na tarde desta…
O pedido de Habeas Corpus ao médium João de Deus foi negado na tarde desta terça-feira (18) pela Justiça de Goiás. O desembargador que indeferiu o pedido de liberdade foi Jairo Ferreira Junior. O processo corre em segredo de Justiça e, por isso, não é possível ter acesso aos documentos.
À imprensa, o advogado de João de Deus, Thales Jayme, disse que busca com que o tribunal analise o “mérito da questão”. O médium está no Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia desde o último domingo (16). Ele teria reclamado das condições do local, já que teria dormido em um colchonete no chão.
BUSCAS
Policiais da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), chefiados pelo delegado Waldemir Branco, cumpriram, na tarde desta terça-feira (18), mandados de busca e apreensão na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. O local é onde o médium João Teixeira, o João de Deus, de 76 anos, fazia os atendimentos. Funcionários do local são ouvidos.
A Coordenação de Comunicação da Polícia Civil confirmou o cumprimento dos mandados judiciais, e informou que mais informações serão repassadas apenas em uma entrevista coletiva, agendada para esta quarta-feira (19), com o delegado-geral André Fernandes.
O médium João de Deus segue preso preventivamente no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia. Ele é acusado de abusos sexuais e estupros. Os Ministérios Públicos de Goiás, São Paulo e a Polícia Civil de Goiás já receberam mais de 500 denúncias.
CASO
O caso de João de Deus ganhou repercussão nacional depois que ao menos 13 mulheres acusaram o médium de tê-las abusado sexualmente durante tratamento espiritual.
As denúncias foram feitas no sábado (08/12), no programa Conversa com Bial e no jornal O Globo. No domingo (09/12), O MP-GO informou que já havia investigações abertas ao menos desde junho deste ano para apurar as suspeitas.
O médium se entregou à polícia no último domingo (16/12). Ele prestou um depoimento de três horas na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Goiânia, negando ter cometido abusos contra fiéis.