Fraude

Justiça nega pedidos de prisão contra 14 suspeitos de fraudes no Ciretran em Aparecida

Operação desencadeada nesta 6ª-feira apreendeu documentos que comprovariam fraudes praticadas por ex servidores, despachantes e garageiros

A Polícia Civil cumpriu nesta sexta-feira (21/6), na região metropolitana de Goiânia, 19 mandados de busca e apreensão em endereços de suspeitos em fraudes praticadas dentro do Ciretran de Aparecida de Goiânia. Apesar de conceder os mandados de busca e apreensão, a justiça negou pedido do delegado que investiga o caso, que havia solicitado a prisão temporária de 14 investigados.

As investigações que apuram diversas fraudes, praticadas por servidores efetivos, comissionados, e funcionários cedidos pela Prefeitura de Aparecida de Goiânia no Ciretran daquela cidade começaram em maio do ano passado. Em junho, o Detran Goiás, após repassar o caso para a Polícia Civil, decidiu pelo fechamento definitivo da unidade.

Segundo apurado, despachantes e garageiros, com a ajuda de servidores, estavam regularizando e transferindo veículos sem a apresentação de qualquer documentação. “Bastava pagar R$ 500, R$ 600, ou R$ 700, que a pessoa quitava os débitos de um veículo, e podia transferi-lo para o nome que quisesse. Muitas vezes o interessado não precisava levar nem o documento, bastava dizer o número da placa”, relatou o delegado aposentado Valdir Soares, presidente do Detran.

Após a comprovação das fraudes, o Detran, concluiu presidente, bloqueou quatro mil veículos, e afastou 20 servidores do Ciretran.

Segundo o delegado que cuida do caso, Gil Bathaus, da Delegacia de Repressão a Ações Criminosas (Draco), os documentos apreendidos hoje servirão para comprovar as fraudes já detectadas. A polícia indiciou 14 pessoas, que responderão por corrupção ativa e passiva, inserção de dados falsos em sistema de informação, e associação criminosa. Nomes e idades deles não foram divulgados.