Em Goiânia, justiça obriga mulher a tirar ofensas ao ex-marido em redes sociais

A justiça obrigou uma mulher a remover xingamentos feitos em redes sociais ao pai de sua filha, em Goiânia. Segundo os autos, ela teria feito questionamentos sobre o papel dele como genitor, o que teria gerado ataques de terceiros. A decisão tem caráter liminar e determinou que ela retire as ofensas das redes em um prazo de 48 horas.

De acordo com o processo, ambos viveram em união estável por cerca de três anos e, nesse período, tiveram uma filha. Em 2017, o relacionamento acabou e foi estabelecida a guarda compartilhada da criança. No início, ela ficava com a mãe. Entretanto, em 2020 as partes acordaram que a casa do pai seria o lar de referência, a pedido dele.

Depois disso, ela passou a xingar o ex-companheiro nas redes sociais e a divulgar mensagens privadas do casal. As publicações circularam e ele começou a receber ataques virtuais de terceiros, colocando em dúvida o papel dele como pai, o que o levou a registrar um boletim de ocorrência. Mesmo assim, os ataques persistiram.

A briga foi parar na justiça. Nos autos, ele afirmou que as publicações não condizem com a verdade e que ele é um pai presente e que sempre arcou com as responsabilidades. Ele apresentou ainda provas de que tanto a avó quanto a mãe da ex-companheira reconhecem essas qualidades.

O homem foi defendido pela Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO). O defensor responsável, Tiago Bicalho, afirmou que ele procurou o órgão por ter sofrido com a exposição nas redes.

“Além de ter sido difamado e desrespeitado em publicações realizadas em rede social, o requerente foi exposto, julgado e xingado por inúmeras pessoas em decorrência de fatos inverídicos, razão pela qual buscou-se a prestação jurisdicional pelos danos sofridos”, disse Tiago.