Justiça ouve três acusados de matar Ariane Bárbara e de esconder o corpo
Ariane Bárbara desapareceu em 24 de agosto de 2021, em uma zona de mata do Setor Jaó
A Justiça vai interrogar, nesta quarta-feira (9), três acusados da morte da jovem Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos, e o ocultarem o corpo. O juiz da 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri da comarca de Goiânia, Jesseir Coelho de Alcântara, irá presidir os interrogatórios de J.C.R., de 23 anos, E.J.C.M., vulgo “Freya”, 18 anos, e R.N.B., de 19, a partir das 14h, no Fórum Criminal.
Ariane Bárbara desapareceu em 24 de agosto de 2021, em uma zona de mata do Setor Jaó. O corpo dela foi encontrado em 31 daquele mês. De acordo com o inquérito, o trio e uma menor conheceram Ariane em uma pista de skate pública da capital. R.N.B. queria saber se era psicopata e, junto com os amigos, matou a vítima em uma espécie de ritual satânico. Os jovens foram presos em 15 de setembro.
O magistrado, ao analisar a denúncia, decidiu pela prisão preventiva dos acusados para assegurar a ordem pública, uma vez que armaram uma emboscada para atrair a vítima, e, posteriormente, a mataram. “Enquanto a vítima entendia estar saindo para um simples passeio com ‘os amigos’, os acusados premeditavam matar Ariane, atraindo-a para ‘comer um lanche’, quando, na verdade, tinham intentos escusos e maquiavélicos”, escreveu o juiz.
Para Jesseir, mantê-los presos garante que outras pessoas não se tornem alvo. “Com isso, converto a prisão temporária deles para preventiva, tendo como garantia a ordem pública, assim como para assegurar a aplicação da lei penal”, escreveu o magistrado quando modificou a temporária para preventiva.
Relembre
Vale lembrar, Ariane Bárbara desapareceu no dia 24 de agosto deste ano após sair para lanchar com um grupo de amigos no setor Jaó. No caminho, segundo a polícia, a jovem foi enforcada até desmaiar e esfaqueada. Após matar Ariane, os amigos colocaram o corpo no porta-malas do veículo e desovaram em uma mata.
A autora das facadas queria descobrir se era psicopata e escolheu a vítima por ter uma menor compleição física. “Após matar Ariane, ficou ajoelhada por 10 minutos ao lado do corpo, como se estivesse rezando, numa espécie de ritual satânico”, revelou à época Marcos Gomes, delegado responsável pelo caso.
O corpo de Ariane foi encontrado no dia 31 de agosto com perfurações de faca e em estado de decomposição em uma mata do setor Jaó. O trio, que planejava outro homicídio, foi detido no dia 15 de setembro.