Justiça pune médica e engenheiro suspeitos de atacar carro de fiscais em Pirenópolis
O casal chegou a ser preso, mas foi liberado após pagamento de fiança
A Justiça de Goiás impôs uma série de medidas cautelares contra a médica, de 26 anos, e o engenheiro, de 27, suspeitos de xingar servidores da Prefeitura de Pirenópolis e danificar a viatura da Vigilância Sanitária. O casal chegou a ser preso em flagrante por desobediência, desacato e (a mulher) direção alcoolizada, mas foram liberados na última segunda-feira (2), após pagamento de fiança.
Como condição para a soltura dos suspeitos, a Justiça determinou medidas cautelares previstas no Código de Processo Penal (CPP) como a proibição da presença em “bares de má reputação”. A partir de agora, a médica e o engenheiro deverão seguir as seguintes determinações:
I – Comparecimento mensal em juízo, para informar e justificar atividades;
II – Proibição de frequência a ambientes suspeitos, tais como bares de má reputação,
boates, casas de jogos, casas de prostituição e similares;
III – Não mudar de residência nem se ausentar da comarca por mais de oito dias sem
autorização judicial;
IV – não se embriagar em público;
V – não cometer nenhum crime nem possuir ou portar arma de fogo ou arma branca
(faca).
Para deixarem a prisão, os suspeitos tiveram que pagar uma fiança no valor de R$ 5 mil cada.
A reportagem do Mais Goiás segue tentando contato com a defesa dos suspeitos.
Relembre o caso
Conforme o delegado Tibério Martins, responsável pelo caso, na madrugada do dia 1º de novembro, domingo, a médica e o engenheiro, que são de Goiânia, foram abordados por uma equipe de fiscalização do município de Pirenópolis, uma vez que a dupla havia bloqueado uma via pública da cidade com o veículo.
Ainda segundo Martins, o casal, que estava embriagado, não teria gostado do pedido da equipe de Saúde e um bate-boca teve início, até que o engenheiro, conforme o delegado, desceu do carro e quebrou o para-brisa da viatura da Saúde da Vigilância.
A equipe de fiscalização acionou a Polícia Militar (PM), que encontrou a médica e o engenheiro em outra rua. De acordo com o delegado, mais problemas foram registrados. “Os policiais tiveram dificuldade em abordar o casal, porque eles não queriam descer do carro”, relata.
Segundo a PM, a médica teria dito que sua mãe era juíza e seu pai, delegado, e que os policiais “não sabiam com quem estavam se metendo”.
Martins afirma, ao longo da ocorrência, o casal de namorados atacava verbalmente os policiais e os agentes de Saúde, xingando-os dos mais diversos nomes.
Os dois foram conduzidos para a delegacia e, lá, a médica informou que teria atuado no Hospital de Campanha (HCamp) de Águas Lindas.