CORRUPÇÃO

Justiça quebra sigilo de suspeitos de fraudar programa habitacional em Luziânia

Grupo inseria informações falsas para empresários e apadrinhados de políticos receberem o beneficio do programa social. Beneficio foi liberado para pessoas que já haviam falecido

Justiça determina quebra de sigilo dos suspeitos de fraudar programa habitacional de Luziânia (Foto: Divulgação/PC)

A Justiça quebrou os sigilos bancário e fiscal de 17 integrantes de uma associação criminosa suspeita de fraudar um programa habitacional chamado”Habitar Melhor”. Fazem parte do grupo políticos, servidores públicos e “laranjas” que colocavam informações falsas no sistema de cadastro do programa, realizado em 2018 e 2019, para desviar recursos do “Cheque Reforma”.

Os membros do grupo criminoso usavam Associações Privadas sem Fins Lucrativos da cidade para fazer o cadastro de empresários, apadrinhados de políticos e parentes de pessoas que operacionalizavam o programa social para que recebessem o benefício, destinado a pessoas de baixa renda. O grupo inseriu informações falsas no sistema da Agência Goiânia de Habitação (Agehab), gerenciadora do programa social.

Beneficio foi liberado para pessoas que já haviam morrido

A polícia suspeita que mais de 300 pessoas, que não cumpriam os requisitos necessários, receberam o cheque no valor de R$ 1 milhão. Em alguns casos, o benefício foi liberado para pessoas que já haviam falecido antes do inicio do cadastramento.

O Poder Judiciário de Luziânia determinou o afastamento de 17 pessoas que atuavam no município. Além disso, foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra três integrantes do grupo. Os suspeitos, caso indiciados, responderam por associação criminosa, inserção falsa em sistema de informação, peculato e corrupção ativa e passiva.

A operação denominada Cártula Negra, foi realizada pela Polícia Civil por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR).

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