Justiça recebe denúncia do MP contra 15 investigados de Goiânia e outras cidades
Entre os alvos, três deles eram servidores da antiga Agência Goiana de Transportes e Obras
A justiça recebeu denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra 15 investigados no âmbito da Operação Old School, entre eles, três servidores da antiga Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop, hoje Goinfra). Trata-se de ação deflagrada em 30 de julho de 2021, na qual o órgão cumpriu 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo para investigar crimes de associação criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Ainda de acordo com a investigação, os três servidores da antiga Agetop teriam recebido vantagens indevidas. O MP-GO aponta que os pagamentos foram realizados por proprietários de cinco construtoras contratadas pela Agetop, quase sempre por laranjas.
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), dez obras alcançaram o valor de cerca R$ 400 milhões. Além disso, aponta que o prejuízo ao poder público chegaria a R$ 5.322.123,24 em valores não atualizados.
Da mesma forma, os promotores de Justiça destacaram que, além de pagamentos em dinheiro, as vantagens também eram obtidas de outras formas, como, por exemplo, pela contratação de motorista particular para o fiscal de obra.
No recebimento da denúncia, o juiz da 2ª Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Capitais de Goiás, Alessandro Pereira Pacheco, escreveu: “Oficie-se ao Tribunal de Contas do Estado de Goiás o envio, na íntegra, das cópias dos Processos” que envolvem as empresas envolvidas. Como mencionado, ele recebeu a denúncia contra 15 suspeitos. Ele também homologou o arquivamento do caso em relação a quatro investigados.
Resumo da Operação
A Operação Old School foi deflagrada na manhã de 30 de julho de 2021, com cumprimento de 21 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo. Segundo apurado pelo Ministério Público, as empreiteiras investigadas faziam pagamentos indevidos a fiscais responsáveis pelas medições das obras.
Os pagamentos eram feitos por intermediários, em forma de dinheiro ou em vantagens, como recebimento de percentual de serviço.