FRAUDE

Justiça suspende atividade de 7 advogados por suposto envolvimento em crimes na Comarca de Corumbá

Suspeita é de que o grupo agia em conluio com um magistrado aposentado para ajuizar ações judiciais fraudulentas

Juíza determina suspensão de atividade de 7 advogados que atuavam na comarca de Corumbá (Foto Ilustrativa: Jeso Carneiro)

Justiça suspendeu atividade profissional de sete advogados por supostamente participarem de uma série de crimes envolvendo falsidade ideológica, uso de documentos falsos, estelionato, peculato, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais na comarca de Corumbá, no Entorno do Distrito Federal.

A suspeita é de que o grupo de advogados agia em conluio com um magistrado aposentado para ajuizar ações judiciais fraudulentas. De acordo com a denúncia, os advogados supostamente cometiam o crime com auxílio de um magistrado aposentado compulsoriamente por força de decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, em outubro deste ano.

Peça acusatória narra esquema de ações fraudulentas

A peça acusatória narra que o esquema consistia no ajuizamento de ações judiciais fraudulentas na comarca de Corumbá de Goiás – onde o magistrado atuava – com instrução de documentos falsos e relações jurídicas inexistentes.

Dessa forma, o grupo desviava valores milionários depositados em contas bancárias de terceiros. Foram identificados, pelo menos, 43 processos com indícios de fraudes, que teriam envolvido mais de R$ 18 milhões em desvios.

A decisão de suspensão cautelar de atividade profissional dos advogados é da juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais.

“As condutas imputadas aos supracitados advogados são concretamente graves e mostram-se totalmente incompatíveis com o regular exercício da advocacia – atividade que, de tamanha importância, é reconhecida na Constituição Federal como Função Essencial à Administração da Justiça e que, a toda evidência, não pode servir como escudo ao cometimento de infrações penais”, destacou a magistrada na decisão.

O Mais Goiás tentou contato com a Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) para manifestação, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria. O portal também busca contato com a defesa dos envolvidos no caso.