Justiça suspende concurso de Abadia de Goiás devido a irregularidades
Houve vícios na leitura dos cartões de resposta, classificação dos candidatos e etapa de redação, segundo MP
A Justiça suspendeu o concurso público de Abadia de Goiás devido a irregularidades na aplicação e correção das provas por parte do Instituto de Tecnologia e Educação Ltda. O pedido inicial para a suspensão do certame havia sido feito pela 2ª Promotoria de Justiça de Guapó, comarca da qual faz parte Abadia de Goiás.
O pedido havia sido negado, o que levou o Ministério Público de Goiás (MPGO) a recorrer ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Segundo o promotor de Justiça Wesley Branquinho, houve vícios insanáveis em relação à leitura dos cartões de resposta, classificação dos candidatos e à etapa de redação.
O promotor explicou que o edital previa que todos os candidatos deveriam realizar a prova de redação, mas apenas os primeiros colocados na prova objetiva teriam tido os textos corrigidos e valorados, estipulando a realização da redação na modalidade dissertativo-expositivo.
No entanto, Branquinho disse que houve a exigência de texto dissertativo-argumentativo. De acordo com o promotor, deveria haver uma lista de classificação provisória e, após a análise de recurso, uma outra relação definitiva, para delimitar os candidatos que teriam as redações corrigidas por estarem dentro do número de vagas.
O MPGO ressaltou que a situação se tornou mais grave, uma vez que há mais de 60 professores do concurso público em questão no exercício do cargo. Conforme o órgão, a manutenção dos profissionais poderia acarretar danos, já que eles não foram regularizados e habilitados para o exercício das funções.
Para garantir a continuidade do serviço público, a decisão do TJGO fixou o prazo de 90 dias para a adoção das medidas administrativas e a substituição dos professores que já estão em exercício após o resultado do concurso público questionado.