Parques de Goiânia

Lago das Rosas: Um dos principais cartões-postais da cidade desde os anos 40

O Parque abriga o Zoológico, esbanja charme com sua art déco, oferece área verde e diversão mas precisa de revitalização

A praia dos goianos são os parques. E, focando neles, o Mais Goiás apresenta o quarto parque do especial sobre o aniversário de 85 anos da capital comemorado nesta quarta-feira (24): o Lago das Rosas. Destino dos goianienses principalmente aos finais de semana, o lugar oferece contato com a natureza e muita diversão.

Mesmo sendo um dos principais parques da cidade, algumas questões preocupam os ambientalistas, como o risco de contaminação das águas e a vegetação reduzida. Em março deste ano, por exemplo, parte do lago ficou seco devido a fissuras em sua galeria pluvial.

Mureta estilo art déco (Foto: Reprodução Google Maps)

História e encantos

De fácil acesso, o Lago das Rosas está localizado no Setor Oeste. Fundado na década de 40, seu nome se deve a um jardim de rosas que havia no local antes de sua construção. Além de abrigar o Zoológico da capital, o Lago das Rosas possui em seus 315 mil metros quadrados, área verde, percurso para caminhadas, lagos, mirante, espaço de recreação infantil e estação de ginástica.

Décadas atrás era possível nadar nas águas do lago principal, e o trampolim utilizado na época continua no local. Elementos do estilo Art Déco, como o próprio trampolim e as muretas em parte do lago, fazem a diferença na beleza no parque.

Trompolin estilo art déco (Foto: Reprodução Google Maps)

Os visitantes aproveitam o lugar para fazer piqueniques no gramado, além de visitar o Jardim Zoológico. Muito procurado também por quem gosta de realizar atividades físicas, sua pista de cooper é uma das mais extensas se comparada aos outros parques.

“As pessoas vêm aqui pois buscam lazer, então é importante esses lugares limpos e conservados. E não só o Lago das Rosas, mas todos parques e bosques de Goiânia precisam de uma reforma”. Maria Selma, aposentada de 79 anos, gosta de caminhar ali pelo menos três vezes por semana. “A gente esquece de tudo lá fora, é a melhor maneira de descansar a cabeça das preocupações”, reflete.

Aparelhos de ginástica no parque (Foto: Fabricio Moretti)

Problemas

O engenheiro agrônomo Antônio Pasqualetto, destaca que os parques urbanos “cumprem funções fundamentais, como proteger nascentes, manter a biodiversidade e melhor o clima nas cidades”.  Ele denuncia o perigo da contaminação das águas pela presença do Zoológico. “Além da proximidade com o Zoológico, é possível riscos de contaminação por conta dos químicos das clínicas e hospitais próximos, e a compactação do solo em áreas reformadas e a reduzida vegetação são outros problemas”.

Pasqualetto destaca que a área de playground é pequena para demanda da população. “Entre outras coias, há a necessidade de avaliação de novo local para Zoológico, como forma de beneficiar os animais e os moradores dos prédios vizinhos. Essa questão vem sendo discutida há vários anos”, conclui.

Ormando Pires, Diretor de Áreas Verdes da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), afirma que o órgão cobra que todas as exigências legais ambientais sejam atendidas. “Não há riscos de contaminação da água desde que atendidas as normas estabelecidas, e a questão da diminuição no nível das águas é natural em determinados períodos do ano”. Sobre o playground, o diretor confirma que “ele também será revitalizado, assim como todo o parque”.

Pedalinhos garantem a diversão no local (Foto: Reprodução Google Maps)

Segurança

Hamilcar Vieira, Coordenador da Guarda Ambiental de Goiânia, comenta que a segurança no lugar está dentro dos padrões. “Temos um efetivo de mais de 130 agentes divididos em quatro plantões e cada plantão conta com cinco viaturas que patrulham os parques da capital”. Além da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM), equipes de Rondas Ostensivas Municipais (Romu), e do Grupo de Proteção ao Cidadão (GPC) também fazem rondas na região.