Laudos apontam que gerente de supermercado foi morta a golpes de madeira
Hipótese de estrangulamento foi afastada porque exame cadavérico não apontou lesão na traqueia
Laudos divulgados pela Polícia Civil na manhã desta terça-feira (3) comprovam que a gerente de supermercado Fernanda Souza Silva, de 33 anos, foi morta a golpes de madeira antes de ter o corpo carbonizado e enterrado pelo namorado em um matagal em Caldas Novas, entre os dias 12 e 17 de fevereiro deste ano. Allan Pereira dos Reis confessou o crime e foi preso no último dia 18 de fevereiro. Quatro dias depois, ele foi encontrado morto na cela em que estava sozinho no Núcleo de Custódia, em Aparecida.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Antônio André Santos Júnior, os laudos também afastam a hipótese de estrangulamento, pois não foi constatada lesão na traqueia da vítima. Os resultados, de acordo com a investigação, demonstram que o sangue encontrado na zona rural de Bela Vista e também em um melão no carro de Fernanda, que estava com o suspeito, era humano. No entanto, as manchas não possuíam quantidade suficiente de DNA para análise.
O delegado disse ainda que houve a confirmação de que o fio de cabelo encontrado na cena do crime é humano. O material foi enviado para o Instituto de Criminalística para nova análise. Uma perícia complementar será realizada para confirmar se as causas da morte foram, de fato, as lesões causadas pela agressão com pedaço de pau.
A Polícia também vai analisar o laudo cadavérico do namorado de Fernanda, que foi encontrado morto em uma cela do Núcleo de Custódia. Detalhes da causa-morte do homem, porém, não foram divulgados. Apesar de não afastar a hipótese de haver mais envolvidos no crime contra Fernanda, Antônio André destaca que é remota. O caso segue sob investigação.
O caso
Fernanda Souza Silva, que residia no município de Bela Vista de Goiás, ficou desaparecida por cerca de sete dias. Ela foi vista pela última vez no dia 12 de fevereiro, quando saiu da casa onde morava sozinha em seu veículo Fiat Uno vermelho.
Após não conseguir contato com a filha, a mãe da gerente procurou a delegacia da cidade e relatou o desaparecimento. Sete dias depois do início das buscas, a polícia chegou ao corpo da mulher em um matagal em Caldas Novas. O namorado da vítima confessou o crime e mostrou às autoridades onde havia enterrado a gerente.
Allan Reis, de 25 anos, foi detido no Tocantins e estaria prestes a fugir para o estado do Pará. Quatro dias após a prisão, ele foi encontrado morto em uma cela em que ficava sozinho no Complexo Prisional de Aparecida. O advogado do homem afirmou que o preso teria recebido ameaças de morte.