CASO LUANA ALVES

Laudos periciais confirmam confissão de assassino de Luana Alves, mas reforçam ação violenta

Estudante morreu asfixiada e, de fato, foi abusada sexualmente pelo autor do crime

Laudos periciais confirmam confissão de assassino de Luana Alves, mas reforçam ação violenta (Foto: Polícia Técnico-Científica de Goiás)

A Polícia Técnico-Científica de Goiás concluiu o laudo dos exames realizados no corpo de Luana Marcelo Alves, de 12 anos, e na casa onde ela foi assassinada, no bairro Madre Germana II, em Goiânia. O resultado confirmou que a estudante morreu asfixiada e que, de fato, foi abusada sexualmente por Reidimar Silva Santos, autor do crime. Mas estes comprovaram, também, que a ação foi muito mais violenta do que o apresentado pelo investigado em sua confissão.

O superintendente da Polícia Técnico-Científica, Ricardo Matos, afirma que os exames periciais detectaram sangue de Luana dentro do carro do assassino. Sendo assim, é possível afirmar que Reidimar agrediu a menina ao ponto do sangue sujar o veículo.

O fato mostra que o assassino não contou uma verdade completa em sua confissão, já que alegou que apenas convenceu Luana a entrar no carro. Além disso, também reforçam que Reidimar tentou, a todo custo, apagar as evidências que o incriminam do crime.

Ricardo também explicou que os exames confirmaram que o esperma encontrado no corpo da menina era de Reidimar.

“Nós conseguimos detectar que o esperma encontrado no corpo da garota era dele. Por isso que foi possível fazer o indiciamento pelo estupro tentado e também de vilipêndio, uma vez que não foi possível, no próprio estado do corpo, se esse contato sexual foi antes da morte ou com o cadáver”

Ricardo Matos, superintendente adjunto da Polícia Técnico-Científica

Outro fator importante destacado pelo perito é que, por meio do material genético colhido de Reidimar, será possível identificar se ele abusou de outras pessoas.

A partir dos laudos, a Polícia Civil pôde concluir, no dia 7 de dezembro, o inquérito policial que apurava o caso. Reidimar foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, estupro de vulnerável na forma tentada, vilipêndio e ocultação de cadáver.

A Polícia Técnico-Científica de Goiás concluiu o laudo dos exames realizados no corpo de Luana Marcelo Alves, de 12 anos, e na casa onde ela foi assassinada, em Goiânia (Foto: Polícia Técnico-Científica de Goiás)

O assassino confesso já havia sido preso por roubo e foi absolvido em um processo de estupro. Mas a delegada Caroline Braga Borges não descarta que o homem ainda tenha cometido crimes sexuais contra outras vítimas.

Vale mencionar que, após a grande repercussão do caso Luana Alves, a Polícia Civil reabriu o caso do desaparecimento da estudante Thaís Lara da Silva, de 13 anos, ocorrido em 2019, por apresentar características semelhantes com o caso da morte de Luana.