Laudos sobre morte de médica em hospital de Pirenópolis devem ficar prontos na semana que vem
Delegado afirma que possibilidade de sobrecarga de jornada de trabalho não está descartada, apesar do hospital afirmar que a médica não ultrapassou as horas do plantão
Os laudos do Instituto Médico Legal (IML) e da Polícia Técnico-Científica que vão determinar as causas e circunstâncias da morte da médica Jayda Bento de Souza devem ficar prontos na semana que vem, segundo o delegado Tibério Martins. A jovem, de 26 anos, foi encontrada morta no banheiro do alojamento do hospital Estadual de Pirenópolis no ultimo sábado (24). Uma seringa e um frasco de um medicamento que regula o sono foram localizados ao lado do corpo.
“O laudo de local de crime demora um pouco mais para sair, agora o laudo cadavérico que vai determinar qual substância foi detectada no corpo dela, sai mais rápido. Acredito que até o final da semana que vem o laudo cadavérico já está disponível. Vamos conversar com os familiares na semana que vem também, caso eles estejam em condições de prestarem esclarecimentos”, afirma o delegado Tibério Martins, responsável pela investigação.
Sobrecarga de trabalho
A delegado conta que ainda é cedo para descartar qualquer possibilidade e somente o resultado dos laudos podem esclarecer o que de fato aconteceu. No entanto, afirma que os indícios de morte involuntária são mínimos.
“A perícia consegue determinar se há vestígios de que houve alguma luta corporal ou se o medicamento foi injetado a força. A possibilidade não está descartada, mas ela é muito pequena. O que tudo indica é que foi um acidente. Tinha pessoas no hospital, se tivesse acontece algo, alguém tinha visto. Vamos investigar se ela usava algum medicamento de uso continuo que coincide com a medicação encontrada próximo ao corpo dela e assim teremos condições de descobrir se a somatória ou associação de diferentes medicações podem ter provocado a morte ou se só a substancia pode ter levado ao óbito”, comenta Tibério.
Apesar do hospital afirmar que ela não tinha uma jornada de trabalho excessiva, a possibilidade de sobrecarga também não foi descartada. “Ela pode ter combinado essa jornada em unidades de saúde diferentes. Então, não vamos descartar essa sobrecarga até falar com as pessoas próximas a ela e puxar qual foi o último expediente que teve”, conta o delegado.
Despedida
Jayda é natural de Sanclerlândia e cursou medicina na Universidade Federal de Goiás (UFG). Nas redes sociais, amigos e familiares se despiram da jovem e afirmaram sentir saudades dos “abraços apertados” e da “bondade inigualável” dela.
Em nota publicada em seu perfil do Instagram, o vereador Eliel José, que é primo da médica, disse que “Jayda era cheia de Luz, uma pessoa extraordinária, profissionalmente e humanamente, uma filha exemplar, uma mulher de honra e valores. Não há adjetivos suficientes para qualificar essa nova estrela que agora brilha no céu”.
Leia outras notícias no Mais Goiás
Ex-namorada de homem que morreu com agulha de narguilé não será julgada por homicídio
Polícia indicia três pessoas por acidente que causou morte do filho da prefeita de Baliza (GO)
*Jeice Oliveira compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Alexandre Bittencourt