CAÇADA

Lázaro Barbosa faz três reféns em propriedade rural de Edilândia

Informação foi passada à imprensa pelo diretor da USB do povoado

Esposa de 19 anos afirma que homem “é um pai dedicado” e teme pela morte do companheiro (Foto: divulgação/PC)

Três pessoas – uma mulher e duas crianças – foram mantidas reféns de Lázaro Barbosa em uma propriedade rural que fica a 5 km de distância do povoado de Edilândia, onde acontece a caçada da polícia ao serial killer. Os moradores de Edilândia estão em pânico. As informações foram passadas à imprensa pelo diretor de saúde da USB do povoado. Os reféns já teriam sido liberados. A polícia ainda não deu detalhes sobre o episódio.

O cerco a Lázaro completou sete dias nesta terça-feira (15). Ele o principal suspeito de matar uma família de quatro pessoas em Ceilândia, no Distrito Federal, e de cometer outros crimes em municípios da região. As polícias Civil e Militar de Goiás participam da operação, coordenada pela Polícia Civil do Distrito Federal. O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, está em Edilândia (que fica a 160 km de Goiânia) para acompanhar o caso.

Na manhã desta terça, Lázaro invadiu uma chácara e provocou momentos de tensão no caseiro Rosinaldo Morais, que disse ao Mais Goiás que o assassino queria comida. “Fui para o curral para arrumar as coisas e tirar o leite quando dei de frente com ele. Ele foi para o meu lado eu falei: ‘Calma aí. Não precisa se alterar que ninguém vai fazer nada com você’. Ele disse que estava há três dias sem comer e que estava com fome. Pedi para ele esperar que arrumaria comida. Ele não esperou nem eu fechar as vacas e foi embora”.

De acordo com a força-tarefa deslocada para capturá-lo, Lázaro se deslocou da mata para uma propriedade rural nesta terça e está escondido no meio da plantação de milho.

Sete dias de caçada

– Quarta-feira (9) – A onda de crimes tem início quando o suspeito invade uma casa em Ceilândia. Lá, ele teria matado o empresário Cláudio Vidal, 48; dois filhos dele, Gustavo Marques, 21; e Carlos Eduardo Vidal, 15; e sequestrado a mãe deles, Cleonice Marques, 43.

– Sexta-feira (11) – Polícia Militar do DF inicia buscas pelo suspeito.

– Sábado (12), à tarde – polícia encontra o corpo de Cleonice Marques. Cadáver estava próximo de um córrego na região de Sol Nascente (DF). Mulher estava nua, de bruços e apresentava cortes na região das nádegas.

– Sábado (12), à noite – Três pessoas são baleadas em uma casa na zona rural de Cocalzinho de Goiás. Suspeito teria forçado vítimas a fazer comida para ele enquanto as obrigava a fazer consumo de drogas. No local, Lázaro supostamente rouba duas armas de fogo e munições.

– Domingo (13), à tarde – Chácara é invadida em Cocalzinho de Goiás. Proprietário encontra imóvel revirado e dá falta do carro, um Corsa vermelho.

– Domingo (13), noite – veículo é abandonado na BR-070, após avistar bloqueio policial próximo à cidade de Edilândia. Suspeito foge à pé, supostamenete para região de mata. Investigadores ainda não confirmaram se responsável por abandonar carro é mesmo Lázaro.

Polícias militar e rodoviária federal destacam 120 policiais para o cerco, que tem auxílio de 3 helicópteros

– Segunda-feira (14), manhã – Mais policiais se juntam à operação de captura. Agora, são 210 agentes da PM-GO, PM-DF e Polícia Federal (PF) que atuam para detectar e prender Lázaro. Secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodnei Miranda acompanha os trabalhos in loco.

– Segunda-feira (14), noite – Lázaro pede comida em uma chácara em Edilândia, mas diante da negativa do caseiro atira com uma pistola contra a propriedade. O caseiro, que também estava armado com uma espingarda, revida, fazendo com que o procurado fuja do local correndo a pé.

O procurado

A série de crimes atribuída a Lázaro Barbosa, 32, teve início em entre 8 e 9 de abril de 2020, quando ele teria invadido uma propriedade rural de Santo Antônio do Descoberto. Quatro idosos estavam no local. Um deles foi atingido com golpe de machado na cabeça, mas sobreviveu, embora apresente sequelas, segundo a Polícia Civil goiana. Os outros idosos também foram agredidos, com menos gravidade. Lá ele roubou bens e celulares que depois foram recuperados pelos investigadores. À época ele foi indiciado por crime de roubo mediante restrição da liberdade das vítimas, emprego de arma branca e por tentativa de latrocínio.

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