Lei do Capacete Limpo já está em vigor na Capital
Nesta semana, o prefeito Iris Rezende regulamentou a Lei do Capacete Limpo, que obriga mototaxistas a…
Nesta semana, o prefeito Iris Rezende regulamentou a Lei do Capacete Limpo, que obriga mototaxistas a desinfetar viseiras e boqueiras no momento do embarque do passageiro. O capacete deve ainda passar por higienização periódica em empresa especializada.
O Projeto de Lei foi proposto no ano passado pelo vereador Felisberto Tavares por causa de reclamações por parte dos usuários do serviço de moto táxi sobre a limpeza dos capacetes. “Muitas pessoas estavam deixando de usar o serviço por causa da possível transmissão de doenças”, disse.
Segundo Felisberto, essa queda no número de usuários prejudica os mototaxistas e as famílias que dependem dessa renda. “Eu acho que com a devida higienização dos equipamento as pessoas vão passar a usar com mais frequência os serviços de moto táxi, afinal é mais rápido e mais barato”, explicou.
A profissional da área da saúde, Zenaide Aparecida de Souza foi a idealizadora do projeto. Segundo ela, devido a quantidade de pessoas que usam o mesmo capacete, muitas doenças podem ser transmitidas pelo equipamento. “Hanseníase, herpes, escabiose, caspa, alergias da pele, irritação nos olhos são algumas das doenças”, exemplificou Zenaide.
Ela explicou ainda que a limpeza com álcool não é suficiente. Com a nova lei, uma vez por mês, os capacetes deverão ser higienizados em uma empresa especializada. “A higienização obrigatória dos capacetes leva cerca de 90 minutos e a empresa responsável deve emitir selo e certificado comprovando a higienização completa”, disse a idealizadora do projeto.
O mototaxista José dos Reis, de 53 anos, acredita que a Lei do Capacete Limpo vai dificultar o trabalho dos mototaxistas. “Os passageiros estão sempre com pressa, isso não vai funcionar, nós não vamos ter tempo”, contou o profissional que trabalha no ramo há 20 anos em Goiânia. Ele contou ainda que, atualmente, a higienização dos capacetes é feita com álcool uma vez ao dia.
*Juliana França é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo