Lei seca em Pirenópolis terá impacto pequeno, avaliam comerciantes
Prefeitura proibiu venda e consumo de álcool em locais públicos entre 0h e 6h
Donos de estabelecimentos comerciais em Pirenópolis avaliam que será pequeno o impacto financeiro do decreto da prefeitura que proíbe venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais de uso público ou coletivo entre meia-noite e 6h. O decreto faz parte de um esforço para conter aglomerações e controlar a curva ascendente de novos casos de covid-19.
Para Hugo “Chaguinha”, representante em Pirenópolis da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e proprietário de um bar, além do decreto 3.589 ser fruto de uma ampla negociação do prefeito Nivaldo Melo (PP) com os comerciantes, o horário estipulado no documento já é, por si só, de baixa movimentação e, por isso, não haverá grandes impactos financeiros para o comércio.
“Não alterou muito do que a gente já estava vivendo. As medidas [contra o novo coronavírus] continuam as mesmas, mas a lei seca em si não alterou. O prefeito escutou os comerciantes e nós também fomos de acordo em colocar uma barreira para que entre só pessoas realmente com seu voucher”, afirmou Chaguinha, se referindo às barreiras sanitárias instaladas nas entradas do município para evitar superlotação.
O gerente de um bar da região, Cristian Oliveira, compartilha da visão de Chaguinha. Segundo ele, meia-noite – horário definido para a interrupção da venda de bebidas – é um horário de baixíssimo movimento nas ruas, “então não vai fazer muita diferença”.
“Está bem melhor do jeito que ficou para gente. Decretar que não pode vender bebida alcoólica até certo horário não fará diferença para as pessoas estarem na rua. E mesmo com decreto, elas ainda dão um jeitinho de conseguir [bebidas alcoólicas]”, conclui.