Acúmulo

Lixo nas ruas: Comurg diz que chuvas e embargo do transbordo prejudicam coleta em Goiânia

Segundo a Comurg, o serviço deve começar a ser normalizado a partir das próximas semanas

Moradores de vários bairros de Goiânia reclamam do acúmulo de lixo pelas ruas e cobram da prefeitura o retorno do serviço de coleta, que é feito pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). O Mais Goiás recebeu imagens da situação da Rua 50, no Setor Castelo Branco, na capital.

De acordo com moradora Paola Paranaíba, a situação tem gerado incômodo. Segundo ela, a coleta não está sendo realizada há mais de uma semana, resultando em sacolas acumuladas nas lixeiras e resíduos espalhados pelo chão. Essa situação não apenas dificulta o acesso dos pedestres às calçadas, mas também atrai ratos e baratas para as lixeiras.

Em nota, a Comurg informou que, devido à interrupção das operações do Transbordo na G0-020, a coleta na Região Leste agora segue diretamente para o Aterro Sanitário de Goiânia. Segundo a companhia, a mudança na logística gerou aumento no tempo de deslocamento dos veículos, o que impactou os itinerários das demais regiões.

Além disso, de acordo com a Comurg, as intensas chuvas dos últimos dias dificultam a coleta orgânica por conta do aumento do peso e volume dos resíduos. A Comurg esclarece ainda que o serviço deve começar a ser normalizado a partir das próximas semanas, com a transição de parte do serviço para a Quebec.

Crise

A crise na coleta de lixo ocorre durante o processo de transição para a terceirização do serviço na capital. Em 19 de março deste ano, a prefeitura de Goiânia publicou no Diário Oficial do Município a assinatura do contrato de concessão dos serviços de limpeza urbana para o Consórcio QC Ambiental.

Com um contrato milionário no valor de R$ 470,3 milhões, o gerenciamento dos serviços de coleta seletiva ficará sob responsabilidade da empresa Quebec Ambiental, que venceu a disputa.

A nova concessionária será responsável pela coleta de resíduos sólidos, coleta seletiva, remoção de entulhos e varrição mecanizada, atendendo à Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra). Com essa transição, a Comurg deixará de receber cerca de R$ 160 milhões por ano da prefeitura.

Conforme consta no Diário Oficial, o início da prestação dos serviços depende da assinatura da ordem de serviço por parte do Consórcio e da comunicação da substituição à Comurg. Segundo a Seinfra, esse documento ainda não foi emitido.

Portanto, a Comurg manterá apenas os trabalhos de limpeza de vias públicas, podas de árvores e reformas de praças.