Rua 44

Lojistas da região da 44, em Goiânia, protestam, mas associação não reconhece manifestação

Comerciantes da região da Rua 44 fizeram mais um protesto na manhã desta quarta-feira (6),…

Comerciantes da região da Rua 44 fizeram mais um protesto na manhã desta quarta-feira (6), contra a presença de vendedores ambulantes que, de acordo com os lojistas, atrapalham o faturamento do comércio.

Um grupo de comerciantes organizados pela Associação de lojistas da 44 fechou a rua com araras de roupa e ateou fogo em pneus. A presidente da associação, Priscila Gonçalves, informou que as vias ficaram fechadas até as 13h.

A Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), por sua vez, não reconheceu a manifestação, alegando que esse tipo de ação é desorganizada e acaba espantando os clientes, principalmente os turistas que saem de outras regiões do país para fazer compras em Goiânia.

“Apesar de reconhecer a eminente necessidade de intervenção do poder público para restabelecer a ordem social, jurídica e urbanística na Região da 44 em Goiânia, a Associação Empresarial da Região da 44 (AER44) vem a público informar que não compactua com a realização de manifestações aleatórias e feitas com atos de vandalismo, como uso de rojões, fechamento de ruas e queima de pneus e lixo na rua, o que ocasiona grande risco já que no local funciona feiras livres e um comércio forte de confecção, ou seja, uma área de grande potencial inflamável”, informa a nota divulgada.

O presidente da AER44, Jairo Gomes, explicou que os comerciantes que participaram da desse protesto são uma minoria e que a Associação de lojistas da 44 nem sequer está regulamentada. A assessoria jurídica da AER44 está trabalhando para provar que a outra organização não tem legitimidade para atuar do modo como tem feito e que Priscila não é lojista na região.

A nota divulgada pela AER44 informa ainda que o órgão que organizou as manifestações nesta quarta-feira e na semana passada não representa oficialmente os mais de 12 mil lojistas que trabalham na região. Jairo explica que a Associação Empresarial da Região da 44 foi a primeira a alertar o poder público para a situação irregular dos vendedores ambulantes, há cerca de um ano atrás.

Jairo contou em primeira mão ao Mais Goiás que mais uma rodada de negociações com a prefeitura deve acontecer na próxima semana e que acredita que a Guarda Municipal vai voltar a fazer o patrulhamento da região. A AER44 trabalha em conjunto com o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese) para tentar estabelecer um acordo com o município.

O presidente da AER44 conta que existe um esforço constante por parte do órgão para garantir mais segurança para os lojistas e para que a situação dos ambulantes se resolva da melhor maneira possível. A Prefeitura de Goiânia divulgou uma nota em que afirma estar buscando soluções para resolver o conflito.

“Para solução imediata, está em andamento um convênio com a Política Militar de Goiás para dar segurança aos lojistas, ambulantes e aos fiscais da Secretaria de Planejamento e Habitação. Para solução definitiva, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec) está ultimando um projeto de revitalização das áreas comerciais de Goiânia que envolvem, além da Rua 44, as avenidas 24 de Outubro e Bernardo Sayão”, afirma a nota.

 

Amanda Sales é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lôbo.