Mãe de auditor fiscal assassinado morreu após saber da morte do filho, em Goiânia, diz polícia
Sebastiana Aparecida Barbosa e o filho dela teriam sido mortos em um prédio da Avenida Goiás, em Goiânia, por parentes
A mãe do auditor mãe do auditor fiscal Carlos Alberto Barbosa, de 64 anos, que foi assassinado por parentes em Goiânia, morreu após saber da morte do filho. De acordo com a Polícia Civil, ela teria passado mal após receber a notícia.
A informação foi dada pelos próprios suspeitos em depoimento para a Polícia Civil após serem presos.
O crime ficou conhecido após câmeras de segurança registrarem o momento em que os suspeitos retiram os corpos da aposentada e do filho em cadeiras de rodas.
“Os suspeitos deram a notícia da morte do filho à mulher, mentindo que teria sido por problemas de saúde. A idosa passou por grande sofrimento e, segundo narrativa dos investigados, estes passaram a administrar remédios ansiolíticos a ela. Com a piora em seu estado de saúde, a mulher morreu, na última quarta-feira (25)”, diz nota da polícia.
O crime
José Eterno de Andrade Filho foi preso na última sexta-feira (27) pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver de Sebastiana Aparecida Barbosa, de 85 anos de idade. O corpo dela foi encontrado com marcas de violência às margens da BR-153, na cidade de Professor Jamil, na quinta-feira (26).
Além da idosa, também foi morto o filho dela, o auditor fiscal Carlos Alberto Barbosa. Há informações de que teria sido carbonizado, em um canavial, na divisa de Goiás e Minas Gerais.
Após a descoberta e identificação de Sebastiana, os policiais realizaram diligências e localizaram o apartamento da vítima, em um prédio na Avenida Goiás, Setor Central de Goiânia. Uma vez no local, surpreenderam, ainda no interior do apartamento, José Eterno, um dos autores dos crimes.
A esposa e o filho do autuado, Luciene Theodoro de Andrade e Eduardo José de Andrade, foram presos em flagrante pela Polícia Civil de Minas Gerais, na cidade de Ituiutaba, em poder do veículo das vítimas.
A investigação demonstrou que Luciene era sobrinha de Sebastiana, que a recebeu em casa em uma visita normal. Após chegarem, no dia 15 de janeiro de 2023, o trio manteve as vítimas em cárcere privado visando subtrair o máximo possível dos bens: carro, joias e dinheiro.
A motivação para o crismes teria sido o fato de que Luciene estaria devendo alta quantia de dinheiro a um agiota de Ituiutaba e precisava de angariar dinheiro para pagá-lo. O trio ainda é suspeito do homicídio de uma terceira mulher, na cidade de Prata (MG), que também seria uma parente. Ela está desaparecida.