Mãe de criança morta e estuprada pelo padastro tem prisão domiciliar decretada
A jovem Íngrid Silva Marinho, de 21 anos, teve a prisão preventiva convertida em domiciliar…
A jovem Íngrid Silva Marinho, de 21 anos, teve a prisão preventiva convertida em domiciliar no última quarta-feira (4). Ela estava presa desde o último dia 4 de novembro pela suspeita de abandono de incapaz, com a qualificação da morte do próprio filho, de dois anos. O padastro do menino, um adolescente de 17 anos, também foi apreendido suspeito de estuprar e asfixiar a criança.
O advogado de Íngrid, Thiago Huascar, conta que a cliente foi liberada na quinta-feira (5). Ele diz que o intuito da liberdade é para que ela cuide do outro filho, de quatro anos, que estava sob cuidados da avó. Além disso, explica que a linha de defesa visa a absolvição da cliente.
“Vamos provar que a Íngrid não contribuiu nem de forma passiva nem de forma ativa para o crime. Ela apenas confiou nele, como em outras vezes, para que ele cuidasse das crianças. Mas acabou ocorrendo essa tragédia”, destaca o advogado.
Thiago conta que, nos 30 dias em que ficou presa, a jovem desenvolveu depressão e sofre bastante com o que aconteceu. “A acusação contra ela é grave e dentro da cadeia nenhum preso compreendeu a situação dela. Ela está sofrendo muito. Perdeu um filho. Não há dor pior que essa para uma mãe”, destaca.
Relembre o caso da morte da criança
O adolescente foi apreendido no último dia 3 de novembro suspeito de estuprar e matar o enteado, de dois anos. Segundo a Polícia Militar (PM), ambas as crianças estavam sozinhas com ele há dois dias. A corporação foi acionada após o Corpo de Bombeiros ser acionado para atender uma ocorrência na casa do casal, que ficava no Parque Eldorado Oeste, em Goiânia.
Os bombeiros encontraram a criança quase sem vida e com hematomas pelo corpo. O rapaz negou as agressões, mas peritos constataram que, além de ter marcas no ânus, a criança também havia sido enforcada. Íngrid disse que já tinha reparado algumas mordidas no filho, mas que o companheiro teria alegado que se tratava de uma companheira “carinhosa.”
O casal foi autuado pela morte do bebê na Central de Flagrantes. A mãe pela prática de crime de abandono de incapaz, qualificado pelo óbito. O companheiro por atos infracionais equivalentes ao delito de estupro de vulnerável e homicídio qualificado.
No dia seguinte, a juíza Bianca Melo Cintra decretou a prisão preventiva da mãe da criança. Entretanto, a magistrada autorizou que a ela acompanhasse o velório e enterro do filho, sob escolta da polícia. No último dia 5 de novembro, o delegado Queóps Barreto, da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), afirmou ao Mais Goiás que a Justiça determinou a internação do adolescente. Entretanto, a decisão tem caráter preventivo de 45 dias e, nesse tempo, será decidido se ele cumprirá pena socioeducativa. O nome do centro não foi divulgado para manter a integridade do menor.