Mãe de criança que morreu esquecida no carro diz que se considera amiga de dona da creche
Na postagem, Giselle revelou que ainda sente amor pela dona da creche que esqueceu Salomão trancado no carro sob forte calor

Quarenta dias após a morte de Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, a mãe Giselle Rodrigues fez um desabafo nas redes sociais sobre a perda do filho e revelou que ainda se considera amiga da dona da creche, Flaviane Lima, que esqueceu o menino trancado carro por quatro horas sob forte sol. O caso aconteceu no dia 18 de fevereiro, em Nerópolis, na Região Metropolitana de Goiânia
Na postagem, Giselle revelou que ainda sente amor pela dona da creche: “Eu não sei explicar que amor é esse que Deus colocou no meu coração por ela! A pessoa Flaviane eu sempre admirei, escolhi a dedo quem e onde meu filho ficaria”.

O pequeno era filho único do casal Vilmar e Giselle Faustino. A família sofreu com três gestações perdidas antes da chegada do menino.
A mãe do menino também ressaltou que não há uma explicação para o que aconteceu e que “o mundo pode julgar ou pode não julgar, mais me coloco no lugar também, são duas famílias que neste momento estão destruídas”, completou
Segundo as investigações e informações passadas por equipes do Corpo de Bombeiros, o pedido de socorro para Salomão demorou cerca de 10 minutos para acontecer. Nesse período, Flaviane teria tentado reanimar Salomão jogando água nele.
Flaviane Lima foi presa e se tornou ré por homicídio triplamente qualificado. A defesa da acusada pediu a correção da tipificação penal para homicídio culposo, alegando que não houve intenção de matar. No dia 27 do mesmo mês, ela teve a prisão convertida em domiciliar pela justiça pelo fato de ser ré primária e mãe de dois filhos com menos de 12 anos.
A polícia investigou o caso e encontrou evidências de que Flaviane tinha um bom relacionamento com a criança e que eles se gostavam. “Ela tinha um carinho pela criança. Não só ela, mas todos no berçário, conforme depoimentos que constam no inquérito policial”, afirmou o delegado André Fernandes, responsável pelo caso.